PORTO ALEGRE, RS (UOL/FOLHAPRESS) – A principal promessa do futebol da Nicarágua está no Brasil desde o início do ano, mas ainda não estreou. Depois de não permanecer no Inter, Keylon Batiz, de 19 anos, assinou com o Tombense mas ainda não foi utilizado.
O QUE ACONTECEU
Batiz chegou ao Inter para um período de testes no ano passado e logo impressionou. Foi aprovado e seria utilizado pelo time sub-20 do time colorado.
No entanto, a documentação que autorizaria sua inscrição demorou além do esperado para chegar. Com o fechamento da janela de transferências, a negociação não se concretizou.
Ele, então, voltou ao Real Estelí, clube com o qual possui ligação até hoje, na Nicarágua.
Até o início desse ano, quando foi anunciado como reforço do Tombense em empréstimo com opção de compra. Mas até agora não foi utilizado em partidas oficiais.
Segundo o estafe do atleta, ele ainda não possui visto definitivo de trabalho no Brasil e, por isso, ainda que tenha seu vínculo publicado no BID (Boletim Informativo Diário) desde abril, o clube tem um cuidado especial para evitar qualquer problema de inscrição.
A expectativa é que esta barreira seja vencida ainda neste mês.
A outra explicação relatada ao UOL é a preferência do técnico Marcelo Chamusca.
Ao mesmo tempo, foi relatado à reportagem que Batiz tem realizado ótimos treinamentos e surpreendido quem acompanha as atividades positivamente. Ele se adaptou rapidamente ao país, já fala e compreende português perfeitamente.
BATIZGOL
O sucesso na Nicarágua fez Batiz ganhar o apelido de Batizgol, em alusão ao antigo craque argentino Gabriel Batistuta, chamado de Batigol.
Com apenas 16 anos, ele estreou pelo time principal do Real Estelí e logo no primeiro jogo marcou dois gols, se tornando o jogador mais jovem a fazer dois gols no Campeonato da Nicarágua desde 1994.
Quando tinha 17 anos, se tornou o jogador mais jovem a fazer dois gols em um clássico nacional contra o Diriangén.
Os feitos o levaram à seleção principal. Chamado para um período de treinamentos antes de completar 18 anos, ele não chegou a fazer sua estreia em jogos oficiais.
Na base da seleção, por outro lado, carregou grande sucesso como a participação decisiva ao levar a Nicarágua para o torneio classificatório ao Mundial sub-20 deste ano. A equipe acabou eliminada pelos Estados Unidos.
MARINHO SALDANHA / Folhapress