O Ministério Público afirmou que o número reduzido de ônibus na cidade é o principal vetor de contaminação da covid-19, ressaltando que pretende tomar medidas para aumentar a quantidade de ônibus nas ruas. A declaração é do promotor Sebastião Sergio da Silveira.
Desde março, as linhas operam com redução de veículos, alguns casos chegando a 60% da frota em operação.
Durante entrevista ao programa Thathi Repórter, comandado pelo radialista Lincoln Fernandes, ele afirmou que ja entrou com uma ação contra a prefeitura para garantir um aumento no distanciamento dentro do transporte urbano durante a pandemia.
“O transporte publico na minha opinião é o vetor mais importante na disseminador do vírus hoje. O vírus circula pela cidade pelo transporte público, e foi por isso que nós entramos com uma ação contra a prefeitura, contra o consorcio, para garantir esse distanciamento dentro do transporte público.” diz Sebastião.
Segundo o promotor, eles conseguiram uma liminar com a juíza em Ribeirão Preto, onde determinou que no mínimo observassem o distanciamento durante toda a frota, mas a prefeitura municipal recorreu dessa decisão ao tribunal de justiça, e conseguiram reverter a decisão.
“Eu recorri contra essa liminar e ontem me parece que o tribunal de justiça julgou o recurso da prefeitura e deu razão para eles. Infelizmente me parece que houve um equivoco na interpretação de tudo isso. Respeito a decisão judicial, mas o que a prefeitura diz ao processo da transerp, é de que houve uma queda muito grande e que a situação esta sendo observado”.
O caso, agora, será julgado de forma definitiva pela Justiça de Ribeirão. O Ministério Público de São Paulo ainda pode recorrer e tentar mudar a decisão judicial profetida pelo Tribunal de Justiça.
Mais circulação
Sebastião ainda diz que a prefeitura acredita que se aumentar o número de ônibus na cidade, a circulação de pessoas vai crescer.
“Então na versão oficial, se a gente aumentar a frota, a gente vai aumentar a circulação de pessoas, o que não é verdade. As pessoas estão andando de forma aglomerada nos poucos ônibus que estão circulando. Na minhã opinião, isso é muito ruim, mas infelizmente, no tribunal de justiça eu não posso fazer mais nada.”
Confira abaixo a entrevista completa.