WASHINGTON, EUA (FOHAPRESS) – Um grupo de republicanos lançou nesta terça-feira (16) um comitê político em apoio ao ex-vice-presidente dos Estados Unidos Mike Pence, em mais um indício de que o político deve se candidatar à Presidência na eleição do ano que vem.
Quando a candidatura se confirmar, Pence se somará à disputa do lado republicano para obter a indicação da legenda à Casa Branca, que terá entre seus nomes mais competitivos o ex-presidente Donald Trump (de quem Pence foi vice) e o governador da Flórida, Ron DeSantis.
No sistema político americano, os candidatos precisam passar por prévias dentro dos partidos, que acontecem entre fevereiro e junho do ano eleitoral. Cada estado tem suas regras. Estados como Nova York, Flórida e Pensilvânia têm as chamadas “primárias fechadas”, onde só membros filiados aos partidos podem eleger os candidatos. Em outros, como Texas e Geórgia, a votação é aberta, e qualquer pessoa pode votar em qualquer candidato. E há também sistemas híbridos.
Enquanto isso, os candidatos fazem campanha aberta e participam de debates. O primeiro debate entre os candidatos republicanos deve acontecer em agosto deste ano, em Milwaukee, no estado de Wisconsin, organizado pela Fox. É a mesma cidade onde acontecerá a Convenção Nacional Republicana, em julho do ano que vem, que confirmará o resultado das primárias e indicará quem deve disputar a Casa Branca contra o atual presidente, o democrata Joe Biden.
Veja a seguir quem são os candidatos já declarados do Partido Republicano e os que ainda devem anunciar a candidatura.
**DONAD TRUMP**
Confirmado
Ex-presidente dos Estados Unidos (2017-2021), é hoje o candidato com mais chances de disputar a Casa Branca. Muito popular na base republicana, ele tem hoje 52,9% das intenções de voto para ser o candidato oficial da legenda, segundo o agregador de pesquisas do portal FiveThirtyEight -o que lhe dá certa tranquilidade caso não haja nenhuma reviravolta no próximo ano. Sua principal fragilidade, a sequência de processos e investigações de que é alvo, acabou se tornando um ativo: Trump continua crescendo mesmo após se tornar o primeiro ex-presidente réu do país.
**RON DESANTIS**
Não confirmado
Embora ainda não tenha formalizado a candidatura, o governador da Flórida é o principal adversário de Trump na disputa e tem 21,5% das intenções de votos segundo o mesmo agregador de pesquisas. Alvo de ataques do ex-presidente, no entanto, tem visto sua candidatura minguar à medida que correligionários aglutinam apoio a Trump. DeSantis dobra a aposta no radicalismo de Trump nas pautas das chamadas “guerras culturais”, ao assinar leis contra o ensino de diversidade sexual e questões raciais ou endurecer o limite legal para o acesso ao aborto para 6 semanas de gestação. Com isso, é considerado uma espécie de Trump mais jovem, sem as pendências na Justiça e resistência do corpo político -mas também sem a mesma popularidade.
**MIKE PENCE**
Não confirmado
Vice-presidente durante o governo Donald Trump, foi chamado de traidor por apoiadores do ex-líder ao não apoiar a tentativa de reverter o resultado da eleição de 2020 -que Joe Biden venceu. Apesar disso, tem certo apoio entre a base conservadora mais religiosa.
**NIKKI HALEY**
Confirmada
Ex-governadora da Carolina do Sul (2011-2017), foi embaixadora dos EUA na ONU (2017-2018), durante o governo Trump. Esposa e filha de indianos, representa um aspecto de diversidade no partido. Tentou se contrapor a DeSantis ao afirmar que a Carolina do Sul estaria aberta a receber os parques da Disney após o governador da Flórida retirar privilégios de impostos e de regulação que a empresa tem no estado.
**ASA HUTCHINSON**
Confirmado
Ex-governador do Arkansas (2015-2023), tem experiência na política partidária desde os anos 1980. É opositor de Donald Trump dentro do Partido Republicano, criticou correligionários que sustentam que a eleição de 2020 foi roubada e já pediu que o ex-presidente se retirasse da corrida à Casa Branca.
**VIVEK RAMASWAMY**
Confirmado
Investidor e ex-CEO de companhia farmacêutica (sem nenhuma experiência política), ganhou notoriedade ao criticar ações diversidade de companhias, bem como políticas ESG, que orienta negócios a partir de princípios ambientais e sociais.
THIAGO AMÂNCIO / Folhapress