Nesta segunda-feira, dia 8 de janeiro de 2024, vários eventos no país e, principalmente em Brasília, lembram um ano dos ataques antidemocráticos de janeiro de 2023. O jornalismo da Novabrasil ouviu personagens e autoridades que estiveram envolvidas nas ações para acabar com os ataques promovidos na invasão aos prédios públicos. A pergunta que todos se fazem foi retransmitida aos entrevistados: Será que o 8 de janeiro acabou?
O secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli, declarou que “tinha muito receio de que uma desestabilização da Polícia militar do DF pudesse repercutir nacionalmente, gerando um processo de desestabilização em cadeia”. Diante disso, o desafio era punir quem errou, mas também homenagear os que atuaram no combate aos atos violentos. “Firmeza e equilíbrio foram fundamentais naquele momento”, de acordo com Capelli.
Para o secretário executivo, esse é um dia que será lembrado para sempre por causa da agressão contra os poderes e contra a Democracia. Um dia que jamais deverá ser repetido. Capelli disse ter plena confiança no trabalho da Polícia Federal para identificar os mentores e organizadores desses atos.
Ricardo Capelli disse ainda que não se pode subestimar a polarização e o extremismo que tomaram conta do país. Segundo ele, “a questão não é mudar o protocolo de segurança, mas sim aplicar esse protocolo”.
Capelli declarou que, na intervenção, “era um momento muito grave, muito tenso e sensível. O país exigia ação e retomada do comando das forças do Distrito Federal”.
Para ele, a Democracia saiu mais forte do episódio à medida em que os poderes agiram rapidamente e estabeleceram limites claros entre manifestações democráticas e tentativas de golpe.
CONFIRA A ENTREVISTA COM RICARDO CAPELLI:
Já o ministro da Defesa, José Múcio, disse ter “convicção de que o 8 de janeiro jamais se repetirá”. O ministro declarou que as autoridades estão mais atentas para episódios semelhantes.
Ele entende que “vivemos um período de absoluta pacificação entre as Forças e o Governo”. Segundo Múcio, as Instituições não queriam e não quiseram nenhum golpe.
O ministro avalia que os papéis das instituições estão bem definidos pela Constituição e que a Sociedade precisa saber o que as Forças fazem pelo país, com presença em secas, operações no Rio de Janeiro e nas fronteiras, entre outras ações.
Em relação ao acampamento instalado no setor militar de Brasília, José Múcio disse que aquele cenário não foi subestimado. Para ele, o principal problema foi a falta de comando desses atos, mas que espera que as autoridades da Justiça cheguem aos responsáveis. De acordo com o ministro, “quem for das Forças Armadas e tiver participado efetivamente dos protestos antidemocráticos será punido”.
CONFIRA A ENTREVISTA COMPLETA COM O MINISTRO DA DEFESA JOSÉ MÚCIO: