Reunião entre ministros da Ucrânia e da Rússia termina sem acordo

Chanceleres da Ucrânia e da Rússia se reuniram na Turquia Fotos MRE Rússia/Divulgação

A primeira reunião entre os ministros de Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, e da Ucrânia, Dmytro Kuleba, realizada nesta quinta-feira (10) em Antália, na Turquia, terminou sem acordo.Na saída do encontro, o chanceler ucraniano disse que tinha “objetivos humanitários” na reunião.

“Eu buscava garantir um corredor humanitário a partir de Mariupol e até lá, para garantir a retirada de civis e a chegada de ajuda. Infelizmente, o ministro Lavrov não estava em condições de decidir, ele precisa levar a discussão para a Rússia”, declarou o ucraniano.

Dmytro Kuleba afirmou também que pediu um cessar fogo em toda a Ucrânia pelo prazo de 24 horas, para resolver todas essas questões humanitárias, mas não teve progresso.

Já o chanceler Sergei Lavrov afirmou que a Ucrânia recebeu o projeto russo para a resolução do conflito e vai analisar. Segundo ele, são propostas concretas para normalizar a situaçao.

Sergei Lavrov afirmou também ter discutido com o ministro ucraniano a possiblidade de uma reunião entre Vladimir Putin e Volodimir Zelensky. Entretanto, notou que o encontro não deve ser apenas uma reunião por reunião.

“Todos sabem muito bem que o presidente Putin nunca recusa contatos. Nós apenas queremos que esses contatos sejam feitos não por si só, mas para alcançar algum tipo de acordo concreto”, disse chanceler russo.

Mariupol
No momento, a situação é mais crítica em Mariupol, cidade de 400 mil habitantes no leste da Ucrânia, que está sem água e energia há mais de uma semana.

É lá que fica o hospital infantil que a Ucrânia diz ter sido bombardeado pelos russos ontem, causando a morte de três pessoas, entre elas uma criança.

A Rússia alegou que as acusações ucranianas são “fake news”. Segundo o governo de Vladimir Putin, o prédio do hospital foi tomado por tropas da Ucrânia “há muito tempo”.

Novos confrontos foram registrados hoje Mariupol, Sumy e Kharkiv, segundo relatos de autoridades.Evacuações de civis voltaram a ocorrer em cidades ucranianas.

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