A guerra na Ucrânia entra hoje no décimo sexto dia com o país sendo alvo de ataques aéreos da Rússia. Foram relatados bombardeios em Lutsk, Ivano-Frankivsk e Dnipro, a quarta maior cidade ucraniana.
Imagens de satélite mostram que o enorme comboio militar russo, de mais de 60 quilômetros de extensão, que está perto de Kiev, começou a se dispersar e reorganizar no entorno da capital ucraniana.
Os comboios foram reposicionados em florestas e áreas arborizadas. A movimentação em Kiev segue a estratégia de Moscou de cercar as grandes cidades da Ucrânia, após uma rodada de negociações entre os chanceleres da Ucrânia e da Rússia, ontem na Turquia, que terminou com acusações de que Moscou atacou corredores humanitários.
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Em Moscou, o presidente Vladimir Putin anunciou uma série de medidas contra as sanções impostas pelo mundo por causa da guerra na Ucrânia.
Dentre elas, está a nacionalização das empresas que vão deixar de operar na Rússia. Ontem, o G7, grupo dos 7 países do mundo, pediu aos países de petróleo que aumentem suas entregas para compensar a suspensão das importações da Rússia.
As últimas horas também foram marcadas por trocas de acusações entre Rússia e Estados Unidos sobre criação de armas químicas.
Os russos pediram uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para discutir a situação. Representantes do Kremlin disseram que os corredores humanitários continuarão acontecendo mesmo sem aprovação de Kiev.
O Facebook vai permitir que usuários defendam atos de violência contra russos no contexto da guerra na Ucrânia, inclusive mensagens que clamam pela morte do presidente Vladimir Putin. A informação é da Agência Reuters, que cita e-mails internos da Meta, holding do Facebook.
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A invasão russa até agora destruiu cerca de 100 bilhões de dólares. O Congresso americano aprovou um projeto de lei que inclui mais de 13 bilhões de dólares em ajuda emergencial para a Ucrânia, enquanto luta contra a invasão da Rússia.
O número de refugiados ucranianos passa de 2 milhões e 300 mil desde a invasão russa, em 24 de fevereiro. O principal destino é a Polônia, que abriga quase 1 milhão e meio das pessoas que deixaram a Ucrânia. Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas, são necessários cerca de 500 milhões de reais para o trabalho de emergência na Ucrânia e nos países vizinhos.