Seis suspeitos morrem em operação no Tocantins com 350 policiais

PORTO ALEGRE, SC (FOLHAPRESS) – Segue em curso, na região oeste de Tocantins, a Operação Canguçu, uma força-tarefa envolvendo cerca de 350 policiais de cinco estados para capturar um grupo de assaltantes que tentou roubar uma empresa de transporte de dinheiro em Confresa, no Mato Grosso, em 9 de abril.

O município de Confresa fica a cerca de 1.050 quilômetros de Cuiabá (MT) e tem cerca de 32 mil habitantes.

Até esta quinta-feira (20), seis pessoas apontadas pela polícia como criminosas haviam sido mortas em diferentes confrontos e uma foi capturada. Os policiais estimam que pelo menos cinco suspeitos estejam escondidos na mata fechada entre os municípios de Pium e Marianópolis, a cerca de 200 quilômetros de Palmas.

A ação dos criminosos no dia 9, um domingo, foi ao estilo “novo cangaço”, em que os assaltantes fortemente armados divididos em diversos veículos interceptam ruas e aterrorizam toda uma cidade pequena para efetuar um assalto, reagindo a tiros à abordagem da polícia.

Antes de tentarem o assalto, entre 15 e 20 assaltantes atacaram o quartel da Polícia Militar e uma viatura do Corpo dos Bombeiros. As cenas de pânico foram registradas em vídeo pelos moradores.

Eles tentaram invadir a empresa Brinks explodindo um dos muros, mas não conseguiram acesso a nada de valor. Dali, o grupo deixou a cidade, invadiu uma reserva indígena e foi até a margem do rio Araguaia, onde estavam barcos para seguir em direção ao Tocantins pelas águas que circundam a região da Ilha do Bananal.

Ao menos parte do grupo desembarcou próximo ao Centro de Pesquisa Canguçu, da Universidade Federal do Tocantins, que teve de ser evacuado. Após novo confronto com policiais, eles continuaram a pé pelos matagais do estado

A primeira baixa entre os criminosos ocorreu no dia seguinte (10), quando o grupo deparou se com uma viatura que fazia patrulhamento rural no município de Pium. Depois do confronto, os criminosos se dividiram. Parte deles invadiu uma fazenda e chegou a fazer uma família de refém, mas ela foi libertada com a chegada da polícia.

No dia 12, outro criminoso morreu em troca de tiros com policiais na região. Em 18 de abril, com a Operação Canguçu já mobilizada, um novo confronto com policiais causou mais quatro mortes e uma prisão. Conforme a versão da PM de Mato Grosso, o grupo preparava uma emboscada aos policiais, mas foi surpreendido por eles antes e reagiu a tiros. Com cada um dos mortos a polícia apreendeu um fuzil.

Após os repetidos confrontos, a polícia apreendeu capacetes, coletes, balaclavas, armas e munições de uso restrito das Forças Armadas. Enquanto a Operação Canguçu segue em curso no interior do Tocantins, os policiais pedem que a população das áreas rurais do estado evitem deslocamentos e, caso necessitem circular, que sejam pacientes em relação a bloqueios e abordagens.

Para auxiliar nas buscas, os policiais contam com helicóptero, analisam pegas e vestígios na mata e usam um drone termal, capaz de identificar a presença de pessoas nos matagais pela temperatura corporal.

Redação / Folhapress

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