RIO DE JANEIROM, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Os jogos da Série B do Campeonato Brasileiro não foram transmitidos para o exterior nas duas primeiras rodadas da competição.
Há uma queda de braço entre as partes envolvidas na transmissão internacional. Isso envolve aspectos jurídicos, financeiros e operacionais.
O UOL apurou que no centro da questão está o custeio e a responsabilidade, propriamente dita, do envio da distribuição das imagens para o mercado internacional.
Por duas rodadas seguidas, a 1190 Sports esperou o sinal dos jogos chegar para distribuir aos canais com os quais tem acordo. Mas as imagens nunca chegaram.
O conflito envolve a Brax, empresa que adquiriu os direitos da Série B pelos próximos quatro anos.
Além da 1190, do outro lado também está o consórcio Zeus Sports Marketing e Stats Perform, que em 2020 venceu a concorrência para transmitir os jogos em sites de apostas.
E OS CLUBES?
Os clubes foram se inteirar da situação, mas o cenário ainda não é claro entre eles sobre a abrangência do contrato que assinaram: se a operacionalização dos direitos internacionais ficou sob responsabilidade da Brax ou não.
Até o ano passado, não havia ruído entre a Globo, que era detentora exclusiva dos direitos da Série B, e a distribuição internacional.
Neste ano, a Brax se tornou a intermediária e vendeu parte da Série B para o Grupo Globo, que transmite em pay-per-view. Mas a Globo não está à frente da operação.
O contrato dos direitos internacionais prevê que cada clube da Série B receberá U$$ 46 mil (R$ 230 mil) neste ano. Ao todo, isso representa US$ 920 mil (R$ 4,6 milhões) para os 20 clubes.
POSICIONAMENTOS
A CBF, oficialmente, não se pronunciou sobre a questão, assim como a Brax e a Globo.
Já a 1190 Sports informou que “infelizmente, não recebeu o sinal dos jogos da Série B neste final de semana, como previsto em contrato, o que impossibilitou a transmissão das partidas no exterior. Importante destacar que o problema foi localizado e não atingiu os jogos da Série A do campeonato”.
IGOR SIQUEIRA / Folhapress