O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), admitiu falhas na apresentação do projeto de lei que reajusta os salários dos policiais do estado.
Nesta quarta-feira (17), durante a cerimônia que homenageou a professora Elisabeth Tenreiro, morta durante o ataque à escola estadual Thomazia Montoro, o governador afirmou que a gestão talvez tenha “falhado na comunicação do projeto e do conceito do reajuste”. “Tem insatisfação? Tem. Mas é preciso entender a lógica do primeiro passo que foi dado”, disse o governador.
A proposta prevê um reajuste salarial médio de 20% para toda a categoria. No entanto, o texto propõe um aumento salarial que varia de acordo com critérios específicos, como tempo de atividade e a qual corporação pertence o agente. A medida, que foi apresentada por Tarcísio na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), abriu uma crise entre setores da categoria.
A previsão é que o projeto seja votado hoje na Assembleia de SP.
Ele afirma que não esperava resistência ao reajuste. “Esse primeiro passo foi para reter pessoas que já estão na ativa e impedir que elas migrem para outras carreiras, por isso a diferenciação de percentuais”, explicou.
O governador conversou com a imprensa ao final de uma cerimônia realizada na linha 4-amarela. Em homenagem à professora vítima do ataque à escola estadual Thomazia Montoro, a estação passa a ser chamada de “Vila Sônia – Professora Elisabeth Tenreiro”.
Além de Tarcísio, executivos e secretários do governo, bem como familiares da professora, apresentaram a nova identidade nas dependências da estação.
“É muita emoção nesse momento. Em nome da minha família, agradeço a essa turma linda e esses idealizadores do projeto, que foram os alunos. Falar da minha mãe é algo muito especial. Eu agradeço de coração e o legado dela de amor e escuta ativa com os alunos ser eternizado”, afirmou Fernanda Moraes Barros Filhos, uma das filhas da professora. A homenagem contou com a presença de 200 alunos da Thomazia Montoro.
PEDRO MADEIRA / Folhapress