Tiroteio em celebração de feriado do fim da escravidão nos EUA deixa 1 morto e 20 feridos

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um tiroteio interrompeu uma reunião que celebrava o aniversário de emancipação dos negros escravizados nos Estados Unidos, na madrugada deste domingo (18). De acordo com a mídia local, uma pessoa foi morta e 20 ficaram feridas em Willowbrook, no estado de Illinois, no incidente de causas ainda desconhecidas.

Segundo a mídia local, os tiros foram disparados no estacionamento onde acontecia a celebração à 0h30, quando 12 ambulâncias foram até o local. Autoridades disseram que há vítimas com escoriações e outras com ferimentos graves, e dez delas foram transportadas para hospitais da região. Pelo menos duas estão em estado grave.

“Era para ser como uma celebração de 12 de junho; começamos a ouvir tiros, então caímos até eles pararem. Eles simplesmente continuaram. Depois disso, nós literalmente nos dispersamos”, afirmou à emissora ABC Markeshia Avery, que testemunhou o acidente.

Destroços cobrem o local do incidente, isolado por fitas adesivas após a chegada da polícia. Pela manhã, diversos agentes estavam no estacionamento para investigar as motivações do tiroteio.

A ONG Gun Violence Archive, que acompanha a violência armada no país, contabilizou o caso como o 307º tiroteio do ano. De acordo com a organização, houve 354 ataques a tiros que envolveram mortes no ano passado.

Mais de 44 mil pessoas morreram devido a armas de fogo no país em 2022, mais da metade das quais por suicídio. Os EUA têm mais armas do que pessoas: um a cada três adultos possui ao menos um artefato do tipo, e quase um a cada dois adultos vive em uma casa onde há uma arma.

O Juneteenth (junção de “junho” e “19º”, em inglês) foi celebrado como feriado em todo o território dos EUA pela primeira vez em 2021, após o presidente americano, Joe Biden, consagrar o 19 de junho como o dia nacional para comemorar o fim da escravidão no país. Antes, a data era celebrada apenas em alguns estados.

A marca se refere a 19 de junho de 1865, quando foram libertados os últimos escravizados do país, em Galveston, no estado do Texas. Nesse dia, um general da União chegou à cidade e informou aos escravos que eles estavam livres.

O presidente Abraham Lincoln havia decretado o fim da escravidão dois anos antes, mas o país estava em guerra civil entre estados do Norte (a favor da abolição) e do Sul (contra). O conflito, vencido pelo Norte, acabou em abril de 1865, mas demoraram dois meses para que a notícia chegasse a todas as partes do país.

Redação / Folhapress

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