Tragédia em Petrópolis completa 1 mês com o desafio da volta à rotina

Imagens de drone das áreas de deslizamento de encosta em Petrópolis, em decorrência das fortes chuvas que atingiram, a região serrana do Rio de Janeiro

A tragédia em Petrópolis completa 1 mês nesta terça-feira, 15. Ao todo, mais de 800 pessoas ficaram desabrigadas ou desalojadas e 233 morreram no temporal que devastou o município da Região Serrana. 138 são mulheres, 95 são homens e entre esses, 44 são menores. Quatro famílias, ainda vivem a agonia, de não saber onde estão os parentes que seguem desaparecidos.

 

Veja também:

Prefeitura de Petrópolis faz balanço dos trabalhos após 1 mês da tragédia

 

O vendedor de churros Heitor Carlos dos Santos, de 61 anos, que está entre os desaparecidos, no dia da tragédia estava em um dos ônibus que foram arrastados para dentro do Rio Quitandinha.

Parentes do ascensorista Antonio Carlos dos Santos, de 56 anos, também acreditam que ele estava no mesmo ônibus, já que ele voltava para casa quando a chuva começou, e foi visto pela última vez a caminho do ponto.

O drama vivido por parentes de Heitor e de Antônio Carlos, é o mesmo de Rafaela, mãe do menino Pedro Henrique Braga, de 8 anos. Eles estava entre as vítimas dos ônibus arrastados para o Rio Quitandinha.

Assim como Pedrinho, Lucas Rufino da Silva, de 21 anos, também ainda não foi encontrado. No dia seguinte à tragédia, o tio do jovem Ricardo Rufino, afirmou ter encontrado o corpo do sobrinho, no Morro da Oficina e segundo ele, teria entregue aos bombeiros. Versão que foi contestada pela a Policia Civil, que afirmou que o Instituto Médico Legal não registrou a chegada do corpo de Lucas.

Ricardo diz que a família não vai descansar enquanto não tiver notícias sobre o que teria acontecido com o corpo do jovem. A Defensoria Pública coletou amostra da bermuda usada por Ricardo Rufino nas buscas pelo sobrinho, Lucas Rufino, para fazer exame de DNA. O resultado deve sair nos próximos dez dias.

Desaparecidos – As buscas pelas vítimas desaparecidas não pararam desde o dia do temporal. Elas acontecem no Morro da Oficina e ao longo do Rio Quitandinha. No momento, 687 pessoas estão acolhidas em 21 abrigos temporários. Cerca de 3.000 pessoas se inscreveram para receber o aluguel social.

Infraestrutura – As equipes da Secretaria de Defesa Civil já realizaram até agora, mais de 1600 laudos de vistorias de áreas afetadas pelas chuvas. 96% das vistorias realizadas, resultaram em interdições. O município soma aproximadamente 5700 ocorrências, mais de 3 mil estão em andamento para a conclusão das análises. A maior parte das ocorrências foi por deslizamentos que deixou vítimas por diferentes regiões do primeiro distrito.

Economias local – A população tenta aos poucos retomar a vida. É o caso dos comerciantes que também foram afetados. Uma pesquisa do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises estimou um prejuízo estimado acima de R$ 78 milhões aos empresários do comércio de bens, serviços e turismo da cidade.

Helena é sócia proprietária da academia New Life que fica na Rua Tereza, uma das regiões mais afetadas. No local, além de perder todos os equipamentos avaliados em mais de um milhão de reais, uma funcionária também morreu. Agora ela tenta recomeçar com pouco.

Camila Grecco, Redação NBFM Rio

COMPARTILHAR:

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTÍCIAS RELACIONADAS