Tremor de terra em SP não chega a ser terremoto; é sismo leve, diz geólogo

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O geólogo Pedro Luiz Côrtes disse que os tremores de terra sentidos no Vale do Ribeira e na Baixada Santista, em São Paulo, não se caracterizam como terremoto, mas como sismos leves.

Em entrevista ao UOL News, Côrtes destacou dentro da escala, o que ocorreu no Brasil foi um “sismo leve, suave”. “Não houve danos estruturais, isso obviamente assusta as pessoas, mas está longe causar danos significativos às residências e à infraestrutura”.

Segundo o geólogo, ao contrário do que muitos possam supor, o Brasil não é um país isento a esses eventos. “Nós temos sismos, tremores leves, 2, 3, 4 na escala que vai até 10, por isso são considerados suaves”.

“O Brasil está sob a placa sul-americana que se movimenta de leste para oeste, esse movimento, que é da ordem de alguns centímetros por ano, não ocorre de maneira homogênea dentro da placa. Tem porções que se movimentam um pouco mais rápido do que as outras e isso pode reativar falhas geológicas existentes, provocar uma acerta acomodação das rochas em grandes profundidade, e isso provoca tremores, e essas ondas de choque se estendem, podendo chegar a São Paulo, mas sem causar danos”, declarou.

CICLONE DEVE SE AFASTAR DO LITORAL; PREVISÃO MOSTRA QUE CHUVAS IRÃO DIMINUIR, DIZ GEÓLOGO

Pedro Luiz Côrtes também disse que o ciclone que provocou chuvas fortes fortes no Rio Grande do Sul deve se afastar do litoral gaúcho durante o final de semana, o que provocará uma diminuição no volume da precipitação.

“Isso deve ocorrer a partir do final de semana, com um clima mais ameno em relação a esse volume extraordinário de chuvas e ventos fortes. Esse cenário muda, o que dá uma tranquilidade maior para as pessoas que estão enfrentando essa situação extrema”, analisou o geólogo.

Conforme o especialista, a tendência é de que parte desse ciclone influencie o clima em São Paulo e no Rio de Janeiro, mas o prognóstico para o Rio Grande do Sul é de “tranquilidade”. Ele ressaltou que o ciclone se afasta aos poucos, deixando uma “chuva residual” no sul, que pode ser preocupante para quem mora em áreas de risco.

Pedro Luiz também destacou que esse fenômeno tem ocorrido com maior intensidade e é reflexo das mudanças climáticas, com alternância nos eventos extremos.

Redação / Folhapress

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