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Trump x Maduro: tensão cresce após autorização de ações da CIA na Venezuela

Informação foi divulgada pelo The New York Times e confirmada por Trump horas depois

O presidente dos EUA, Donald Trump no Salão Oval da Casa Branca, em Washington (EUA).

O governo de Donald Trump autorizou oficialmente a CIA a realizar operações secretas na Venezuela, incluindo missões que podem usar força letal, com o objetivo de derrubar o ditador Nicolás Maduro. As informações foram divulgados pelo The New York Times, nesta quarta-feira (15), e confirmadas pelo presidente americano horas depois da publicação da matéria.

De acordo com o jornal, a autorização formal da Casa Branca dá à agência de espionagem americana permissão para agir de forma independente ou em conjunto com uma eventual operação militar em grande escala, ou seja, uma possível invasão ao país. Ainda assim, o veículo americano aponta que não há informações de que Trump tenha tomado essa decisão.

Nos últimos meses, o governo de Trump aumentou significativamente a presença militar dos EUA no Caribe, com mais de 10 mil soldados, oito navios de guerra, e um submarino posicionados na região – superando o poderio militar total venezuelana. O envio de forças americanas à Venezuela foi justificado pela Casa Branca como parte de ações contra o narcotráfico na região.

O New York Times afirma ainda que o governo Trump estuda autorizar bombardeios e ataques aéreos diretamente em território venezuelano, ação que provavelmente configuraria um estado de guerra aberto contra o país.

Em conversa com a imprensa na Casa Branca nesta quarta, Trump afirmou que, caso as embarcações estejam transportando drogas, elas constituem “alvos legítimos”. No entanto, o Pentágono ainda não apresentou evidências de que os barcos estivessem levando substâncias ilícitas aos EUA. A principal rota da cocaína em direção à América do Norte passa pelo Oceano Pacífico e pela fronteira com o México, não pelo Caribe.

Como parte da pressão sobre a Venezuela, Trump afirma que Nicolás Maduro lidera o suposto Cartel de los Soles, uma organização cuja existência é contestada por especialistas. Além disso, o governo sustenta que Maduro teria ligações com a facção Tren de Aragua, hipótese questionada por relatórios da própria inteligência americana.

Em agosto, o Departamento de Justiça dos EUA dobrou a recompensa por informações que levem à captura do ditador, oferecendo US$ 50 milhões (R$ 272 milhões). Na ocasião, o governo Trump classificou Maduro como “um dos maiores narcotraficantes do mundo” e “uma ameaça à segurança americana”.

Vale lembrar que a CIA e os Estados Unidos têm um histórico de interferência e apoio a golpes na América Latina, incluindo a Ditadura Militar instaurada no Brasil em 1964. O período sombrio da história brasileira começou com a derrubada do governo de João Goulart e ficou marcado por torturas, assassinatos e desaparecimentos de opositores políticos.

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