Ucrânia: Putin e Biden concordam com reunião em busca de acordo

Nesse fim de semana, o exército de Kiev confirmou a morte de um segundo soldado ucraniano em confrontos com os separatistas apoiados pela Rússia no Leste da Ucrânia. Enquanto isso, o governo de Belarús anunciou que os exercícios militares conjuntos com a Rússia continuarão por tempo indeterminado devido ao aumento das tensões na vizinha Ucrânia.

As tropas, que estão em território belarusso, deveriam terminar as atividades no domingo, conforme Vladimir Putin prometeu a Emmanuel Macron no início do mês. Essa decisão aponta que as tropas russas permanecerão em Belarus, em meio a uma crise com o Ocidente.

A Rússia, apesar de seus anúncios de retirada militar, é acusada de ter reunido 150 mil soldados nas fronteiras ucranianas em vista de uma invasão. Washington garante que Moscou procura um motivo e que a violência no leste pode ser esse pretexto para intervenção.

Ontem, logo após o anúncio da permanência de tropas russas em Belarus, o presidente francês Emmanuel Macron fez uma ligação para Putin onde falou sobre um possível alívio nas tensões na região leste da Ucrânia.

Após mais de uma hora e meia de ligação, o governo francês divulgou que o presidente russo aceitou realizar uma conversa trilateral entre Rússia, Ucrânia e membros da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa. Conforme informou a agência de notícias Reuters, o encontro está previsto para acontecer hoje.

O governo francês não anunciou se o evento ocorrerá de forma presencial ou à distância. Segundo divulgado, durante a conversa, Putin e Macron concordaram em fazer o possível para evitar uma escalada de tensões nas fronteiras da Ucrânia, reduzir os riscos e preservar a paz.

Evidências sugerem que a Rússia está planejando “a maior guerra na Europa desde 1945”, disse o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, em entrevista à BBC. Segundo ele, informações de inteligência indicam que a Rússia pretende lançar uma invasão que cercará a capital ucraniana, Kiev.

Johnson está em Munique, na Alemanha, onde os líderes mundiais estão reunidos para uma conferência anual de segurança. As últimas estimativas do governo dos Estados Unidos sugerem que entre 169 mil e 190 mil soldados russos estão agora estacionados ao longo da fronteira da Ucrânia.

Mas esse número também inclui rebeldes no leste da Ucrânia. Autoridades ocidentais alertaram nas últimas semanas que Moscou pode estar se preparando para invadir a qualquer momento, mas o governo russo negou as alegações, dizendo que as tropas estão realizando exercícios militares na região

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