Ucrânia rejeita ultimato da Rússia para entregar Mariupol

Mariupol foi praticamente destruída e sofre crise humanitária Foto: Satellite image ©2022 Maxar Technologies

A Rússia ampliou os ataques à Mariupol, cidade estratégica no Sudeoeste da Ucrânia pelo localização no Mar de Azov, deu um ultimato para a rendição total dos militares ucranianos até esta manhã. Mariupol sofre com a falta de comida, água e energia.

Com a decisão de ampliar os ataques, disparando bombas por terra, ar e navios de guerra, uma escola de arte na cidade onde cerca de 400 moradores se abrigavam foi atingida.

A Rússia tenta reivindicar sua primeira vitória estratégica desde a invasão à Ucrânia, no dia 24 de fevereiro. Se a cidade cair, os russos vão controlar um corredor terrestre entre a Península da Crimeia e as regiões de Luhansk e Donetsk, no Leste, controladas por separatistas apoiados pelo presidente Vladimir Putin.

As tropas russas prometeram facilitar a saída de militares e civis ucranianos por corredores humanitários. O governo ucraniano afirmou que o país não irá aceitar a demanda russa pela rendição das forças do país na cidade portuária.

Ontem, mas de 7 mil pessoas deixaram Mariupol usando corredores humanitários.

Novo ataque a Kiev

Ao menos 6 pessoas morreram após um bombardeio atingir residências e um shopping no distrito de Podil, em Kiev, na noite de domingo , segundo prefeito da cidade.

“De acordo com as informações que temos no momento, várias casas e um dos shopping centers [foram atingidos]”, disse o prefeito Vitali Klitschko em seu canal Telegram.

Ele disse que as equipes de resgate estavam apagando um grande incêndio no shopping, e que ainda faltavam detalhes sobre mais consequências do bombardeio.

Zelensky suspende partidos pró-Rússia

Neste domingo, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que instruiu seu governo a suspender temporariamente as atividades de onze partidos políticos acusados de manter laços amigáveis com a Rússia.

A maioria dos partidos afetados é pequena e sem representação parlamentar, mas a maior sigla, a Plataforma de Oposição pela Vida, liderada por um empresário pró-Moscou, foi a mais punida.

Além disso, Zelensky pretende controlar as informações jornalísticas veiculadas na televisão, o que deve afetar sete canais. As decisões foram tomadas com base na Lei Marcial, que consiste em substituir todas as leis civis por leis militares e é implementada em casos de conflitos.

Em entrevista ontem à CNN, Zelensky disse que está pronto para negociar com Vladimir Putin e alertou que se não houver acordo serão grandes as chances de uma terceira guerra mundial.

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