Os avanços da tecnologia e seus reflexos no mercado de trabalho têm sido cada vez mais evidentes. E a forma como nos organizamos no trabalho também é afetada por isso.
Em entrevista à Novabrasil, o colunista Fernando Barra, especialista em tecnologia e inovação, avalia que “o modelo de criação e organização do trabalho veio do século 20, final da revolução industrial. Nele era importante uma automatização de processos muito grande”. A organização se dava por profissões, ou seja, as pessoas aprendiam uma profissão e seguiam com isso por toda carreira. Para muita gente, médico, advogado ou engenheiro, por exemplo, eram as únicas oportunidades de uma vida melhor no mercado de trabalho.
A mudança tecnológica faz com que esse cenário seja alterado atualmente. “Já não faz mais sentido alguém que tem uma carreira por 30, 40 anos, seguir com as mesmas competências, é preciso ganhar novas habilidades”, diz Fernando. Esse é o desafio.
A aquisição de novas habilidades e competências pode gerar novas profissões. O importante é entender que estamos em constante aprendizado e não se amarrar a uma profissão específica. “É necessário estar focado naquilo que o mercado necessita para executar o trabalho de hoje e do futuro”, completa o colunista.
Para Fernando Barra, desenvolver uma nova habilidade é “como escovar os dentes”, ou seja, deve ser buscada com alguma frequência. Isso é possível ouvindo um podcast, fazendo um curso livre ou até mesmo um curso mais longo de graduação. O mercado denomina essas práticas de upskilling e reskilling. Upskilling é aprimorar uma habilidade que a pessoa já possui e reskilling é desenvolver uma nova habilidade.
Vale ressaltar que essa busca por novas competências e habilidades não tem idade. O importante é estar atento às oportunidades e iniciar o upskilling ou reskilling na sua vida profissional.
