SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O aumento do número de casos de meningite no estado de São Paulo neste início de ano, em relação a 2022, fez com que a Secretaria de Estado da Saúde prorrogasse nesta segunda-feira (24) a vacinação para crianças de até 10 anos e profissionais da saúde.
Segundo a pasta, neste início de ano já foram registrados 1.140 casos de todos os tipos de meningite no estado, 9% a mais que os 1.040 casos do mesmo período de 2022. Em relação a óbitos, os números de 2023 são melhores: 79 mortes, contra 110 do ano passado.
A ampliação foi feita pela primeira vez em julho de 2021 e, em julho de 2022, foi estendida aos profissionais de saúde para aumentar a proteção contra a doença.
A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o sistema nervoso central. Essa inflamação pode ocorrer de formas infecciosas e não infecciosas e, por isso, também apresenta diferentes riscos para o paciente.
No calendário do PNI (Programa Nacional de Imunizações), a vacinação com o imunizante meningocócica C deve ser realizada em três doses, sendo as duas primeiras aos três e cinco meses de idade, com intervalo de oito semanas entre as doses, e um reforço, preferencialmente, aos 12 meses. “Àqueles que não completaram seu esquema vacinal, agora até os 10 anos de idade, podem procurar um posto de saúde mais próximo para atualizar sua carteirinha de vacinação”, informou a secretaria, em nota.
“É uma medida importante, considerando a gravidade e a letalidade da doença, independentemente da idade, mas principalmente para crianças e profissionais de saúde. Atualmente, se compararmos com o mesmo período do ano passado, temos um aumento de 9% nos casos. Então é importantíssimo que a população esteja protegida”, disse Tatiana Lang D’Agostini, diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo.
Em 2022 a cobertura vacinal para meningocócica C ficou em 77,7%, contra 74,5% de 2021. Neste ano, apenas no mês de janeiro, a cobertura foi de 94,4% no estado de São Paulo, segundo a pasta. A meta de cobertura é de 95%.
CLAUDINEI QUEIROZ / Folhapress