Meteorologistas do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Defesa Civil do Estado apontam que o verão 2025/2026 em São Paulo deve ter temperaturas acima da média e chuvas irregulares em todo o território. As projeções constam na análise técnica elaborada pelo órgão e são baseadas em dados de centros meteorológicos nacionais e internacionais.
A previsão indica calor acima da média histórica, com possível ocorrência de ondas de calor e máximas que podem superar 35°C. A precipitação irregular também será característica do período, com chuvas concentradas e associadas à passagem de frentes frias ou à convecção local, o que pode gerar pancadas intensas em intervalos curtos.
A análise aponta que, em dezembro, as chuvas devem ficar dentro ou ligeiramente abaixo da média no norte do estado; em janeiro, os acumulados tendem a ficar acima da média; e, a partir de fevereiro, o padrão volta a indicar redução dos volumes.
Segundo o relatório, o verão será influenciado pelo fenômeno La Niña, cuja persistência é prevista até o final da estação. Em anos de La Niña, as chuvas tendem a se deslocar para o norte do Sudeste, especialmente para Minas Gerais, reduzindo o volume de precipitações em São Paulo. Ainda assim, há possibilidade de episódios da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), capazes de provocar dias de chuva volumosa no norte do estado.
Além disso, mesmo com predominância do calor, a influência da La Niña pode causar variações bruscas de temperatura, incluindo entradas de ar mais frio. A análise ressalta ainda que fenômenos severos como tornados e microexplosões são menos comuns no verão, ocorrendo com maior frequência em estações de transição.
Como parte da Operação Chuvas 2025/2026, a Defesa Civil do Estado destaca o uso do painel de inteligência SP Sempre Alerta, ferramenta que integra dados meteorológicos em tempo real com apoio de inteligência artificial, ampliando a capacidade de previsão e agilizando a tomada de decisão diante de cenários extremos.
Diante do cenário previsto, a Defesa Civil alerta sobre a importância do acompanhamento contínuo aos alertas emitidos pelos canais oficiais, especialmente durante episódios de calor extremo, temporais localizados ou períodos prolongados de tempo seco.



