Agentes da Fiscalização Geral e Guardas Civis Municipais que realizaram operações de fiscalização foram expulsos, na noite desta sexta-feira (4), de pelo menos dois bares na zona Oeste da cidade.
A ação ocorreu no dia em que o governo do Estado anunciou a regressão de Ribeirão Preto à fase laranja, mais restritiva, do Plano São Paulo e demonstrou que parte da população deu provas de que fechar bares e restaurantes não será tarefa fácil para as autoridades.
Um dos casos foi registrado por imagens de um aparelho celular. Em um bar lotado, guardas e agentes da fiscalização foram alvos de vaias e insistentes pedidos. Houve xingamentos e os usuários comemoraram quando os guardas deixaram o local.
“Vai lá fechar a favela. Vai lá fechar a Fiusa”, disse um dos frequentadores. Outro, mais exaltado, chamou os servidores públicos de “bostas”.
Mais um
Em outro bar da zona Oeste, a Polícia Militar foi chamada e ajudou as equipes da fiscalização. Também houve hostilidade contra os agentes da lei.
A reportagem tentou falar com o comando da Guarda Civil na noite desta sexta, nas não houve retorno até o fechamento da matéria. O jornalismo da Thathi tentou falar com os responsáveis pelos bares, mas não conseguiu contato.
Nogueira
Os guardas municipais não foram os únicos a serem hostilizados na noite desta sexta. O prefeito Duarte Nogueira (PSDB) foi alvo de uma serie de ataques pelas redes sociais.
Em um deles, um vídeo distribuído por pessoas que estavam em uma academia, os munícipes chamaram o prefeito de “incompetente” e “covarde” e informaram que não iriam fechar durante a quarentena, ainda que o governo do Estado mantivesse a cidade na zona laranja. A prefeitura não se manifestou sobre o assunto.