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Vídeo: PF explode balsas em operação contra garimpo ilegal no rio Madeira

Ação coordenada pelo Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI Amazônia) resultou na destruição de dragas utilizadas para mineração ilegal entre os municípios de Manicoré e Humaitá

Operação da Polícia Federal no rio Madeira | Foto: Divulgação/PF
Operação da Polícia Federal no rio Madeira | Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal (PF) realizou nesta segunda-feira (15) uma grande operação contra o garimpo ilegal no rio Madeira,  entre os municípios de Manicoré e Humaitá/AM. A ação contou com apoio de policiais rodoviários federais e agentes da Força Nacional de Segurança Pública.

Em nota, a PF informou que ação integra os trabalhos desenvolvidos pela Polícia Federal (Amazonas e Rondônia) desde 2023 no combate à mineração ilegal na região. A operação de hoje cumpre uma ordem judicial expedida pela Justiça Federal do Amazonas, para a destruição de dragas – balsas equipadas com maquinário pesado para extrair sedimentos do leito do rio e minerais – utilizadas no garimpo ilegal. Até o meio-dia 71 balsas com dragas já tinham sido destruídas a operação. Os dados referentes ao estado de Rondônia ainda estão em consolidação.

Ainda segundo a PF, Servidores do Ministério Público do Trabalho e do Ministério do Trabalho e Emprego acompanham a operação, adotando providências quanto às condições precárias de trabalho a que são submetidos os trabalhadores encontrados nas balsas.

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Em agosto, o Ministério Público Federal (MPF) recomendou a destruição imediata de mais de 500 dragas usadas na mineração ilegal no rio Madeira, entre Calama (RO) e Novo Aripuanã (AM). As dragas foram identificadas após monitoramento realizado pelo Greenpeace Brasil, que constatou o avanço da atividade criminosa, inclusive próximo a terras indígenas e unidades de conservação federais.

Na época, o MPF estabeleceu que as embarcações ilegais deveriam ser inutilizadas em até dez dias, e que fosse apresentado um plano emergencial em 15 dias para reforçar a fiscalização e a presença do Estado na sub-bacia do rio Madeira.

Na última semana, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou um pedido da Defensoria Pública do Amazonas que tentava impedir o uso de explosivos pela Polícia Federal na destruição das balsas, especialmente na região de Humaitá. Segundo a Defensoria, a intenção não era questionar o combate à mineração ilegal, mas proteger as populações ribeirinhas, que sofrem impactos sociais e ambientais significativos com a tática utilizada.

Um relatório do Grupo de Trabalho Teko Porã – Vida Digna da DPE-AM aponta que o uso de explosivos em operações da PF e do Ibama tem causado efeitos graves, como crianças e idosos traumatizados pelos estrondos, famílias desabrigadas após terem suas casas-balsas destruídas, perda de documentos pessoais, além da mortandade de peixes e contaminação das águas, afetando a principal fonte de alimentação e renda das comunidades.

Além disso, o órgão afirma que a destruição das dragas fere o devido processo legal, uma vez que os bens são destruídos sem oportunidade de defesa ou contraditório. Por outro lado, especialistas e órgãos ambientais ressaltam que a medida tem respaldo legal e é aplicada quando o transporte das embarcações apreendidas é inviável ou representa risco, além de gerar prejuízos financeiros aos envolvidos no garimpo ilegal.

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