Vizinhança reclama de esgoto voltando para imóveis na Aclimação, em SP

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Paredes mofadas e trincadas, vazamentos e uma enxurrada de água fétida. Essa tem sido a rotina de moradores e comerciantes da rua José Getúlio, na Aclimação, região central de São Paulo.

A vizinhança afirma que o problema começou há pelo menos dois meses, quando a Prefeitura de São Paulo abriu um buraco na via com a justificativa de resolver um problema na rede de águas pluviais.

De acordo com comerciantes ouvidos pela reportagem, o problema se agrava sempre que chove na região.

“Está entrando água pelo ralo do banheiro. Enche o banheiro, a sala de depilação e a sala do lavatório. Um cheiro horroroso que não tem quem aguente”, afirma Antonia Souza Muniz, proprietária de um salão de beleza. “A gente não consegue trabalhar. Onde tem ralo, enche com essa água de esgoto.”

Aldrim Peixoto, que também tem um comércio na região, diz que a situação só tem piorado.

“Quando chove, de alguma forma sobrecarrega a tubulação de escoamento, e a água vaza pela parede. A gente tem ficado assustado. O problema está piorando, e é ainda pior no subsolo. O buraco da prefeitura está a cerca de 100 metros daqui e está afetando desse jeito”, afirma.

A prefeitura afirmou, por meio da subprefeitura Sé, que a obra nas galerias de águas pluviais e de esgoto ainda está em andamento. De acordo com o órgão, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) conclui uma etapa, e equipes da subprefeitura agora aguardam a remoção do poste de alta tensão para dar continuidade à obra.

Procurada, a Enel afirmou que o poste será retirado neste domingo (11). “A remoção do poste estava originalmente programada para 21 de junho, mas, a pedido da Prefeitura de São Paulo, será antecipada para o próximo domingo (11)”, diz nota enviada pela Enel nesta quarta (7).

O eletricista Luiz Antonio Busato, que mora na parte inferior de um imóvel localizado ao lado de onde foi aberto o buraco lado, conta que os reflexos do problema na rede de esgoto não novos, mas se agravaram.

“O problema persiste há anos. Sempre entra água em casa. A galeria lá na frente é minúscula, e qualquer coisa entope. No subsolo, vaza água da parede. A prefeitura precisa refazer a galeria pluvial”, afirma.

Ele afirma ainda que, sempre que faz uma solicitação à prefeitura pelo site, a gestão municipal dá prazos muito extensos para realizar uma visita, que acaba nem acontecendo. “Dão prazo de 30 a 40 dias, mas nem vem. E quem vai esperar esse tempo todo nessa situação?”, questiona.

FRANCISCO LIMA NETO / Folhapress

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