Zelenski pede reuniões com Lula e com premiê da Índia no G7, no Japão

Presidente Lula (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Foto: Presidente Lula (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A caminho de Hiroshima para participar da cúpula do G7, o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, negocia bilaterais com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e com o premiê da Índia, Narendra Modi.

A Folha confirmou o contato dele com o governo brasileiro, ainda sem resposta. O indiano estaria verificando a possibilidade de uma reunião entre Modi e Zelenski já para este sábado (20), segundo a agência PTI.

O líder ucraniano deve ir ao Japão para participar presencialmente do encontro que reúne algumas das principais economias do mundo. Ele acaba de chegar à Arábia Saudita, onde ocorre reunião da Liga Árabe.

O objetivo da ida ao G7 seria fortalecer o compromisso do grupo ocidental com a Ucrânia “e assegurar o apoio de Índia e Brasil, não integrantes do G7”, segundo o Financial Times, citando fontes anônimas.

Segundo o New York Times, várias autoridades afirmaram que a presença de Zelenski tornaria “mais difícil para os líderes de Índia, Brasil e outras nações se manterem relutantes em apoiar a Ucrânia”.

Desde o início da guerra, a Índia evitou se afastar do aliado tradicional, até ampliando a compra de petróleo russo, e o Brasil se recusou a enviar munição para Kiev, como proposto pela Alemanha. Tanto Modi como Lula, por outro lado, já conversaram com Zelenski por telefone.

A participação do ucraniano é esperada para o domingo. É quando Modi, Lula e outros convidados estarão ao lado de Estados Unidos e dos outros membros do G7 na sessão de trabalho “Rumo a um mundo pacífico, estável e próspero”. Lula deverá falar em favor das iniciativas de paz para a Ucrânia externas ao G7, lançadas por Brasil, China e agora países africanos, encabeçados pela África do Sul.

Prevista inicialmente para as 10h, no horário local, a sessão foi transferida para as 11h45. Modi e Lula marcaram encontro bilateral para as 10h40, imediatamente antes. Espera-se agora que os dois integrantes do Brics e do G20, bloco que reúne países ricos e emergentes, conversem sobre a guerra antes de entrar para a sessão com os demais.

NELSON DE SÁ / Folhapress

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