Mesmo depois de o presidente Jair Bolsonaro se posicionar contra o fechamento das fronteiras aéreas para conter a nova variante do coronavírus, o governo brasileiro decidiu seguir orientação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e vai restringir voos de Países africanos com cepa Omicron. A medida foi anunciada recentemente pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, em uma rede social.
A decisão abrange passageiros da África do Sul, Botswana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbabué e foi tomada pelo grupo interministerial formado pelos departamentos de Saúde, Casa Civil, Justiça e Infra-estruturas.
“O Brasil vai fechar as fronteiras aéreas de seis países africanos com a nova variante do coronavírus. Vamos proteger os brasileiros nesta nova fase da pandemia naquele país. A Portaria será lançada amanhã e entrará em vigor a partir de segunda-feira”, disse o ministro. no Twitter.
A cepa de coronavírus Omicron foi detectada pela primeira vez na África do Sul. Hoje, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a variante como uma “preocupação”. O Ministério da Saúde brasileiro também emitiu um alerta sobre a nova mutação.
O medo dos especialistas é a possibilidade de uma cepa ainda mais transmissível que escape da proteção oferecida pelas vacinas existentes.
Pela manhã, para os apoiadores em frente ao Palácio de la Alvorada, Bolsonaro minimizou o impacto do fechamento da fronteira aérea para conter o covid-19. “Você não vai ser banido, garoto. Que loucura é essa? O aeroporto fechou, o vírus não está entrando? Já está aqui”, disse o presidente, quando questionado sobre a possibilidade de restringir a entrada de estrangeiros no país.
O apoiador citou a quarta onda de covid-19 na Europa, mas Bolsonaro minimizou. “Você está vendo muito Globe.”
Agência Estado