Disposta a promover um reposicionamento da marca no mercado, a Caoa Chery anunciou nesta quinta-feira, 5, que vai produzir carros híbridos e elétricos em sua fábrica em Jacareí (SP). A unidade passará por remodelação para receber os novos projetos. Para isso, a produção atual será paralisada e os funcionários serão demitidos, com pagamento de salários extras.
O prazo em que a fábrica ficará fechada não foi revelado. A indenização aos trabalhadores, segundo nota da Caoa, será negociada com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.
Fábrica em Jacareí ficará fechada para receber adaptações para operar com novas tecnologias Foto: José Patrício/Estadão/19/03/2015
O movimento da companhia ocorre em um momento em que a chinesa Great Wall passa a operar no Brasil com projetos de fabricação de carros eletrificados na fábrica adquirida da Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP). A BYD, outra chinesa que já produz ônibus elétricos em Campinas está ampliando sua oferta de automóveis movidos a eletricidade por enquanto importados.
A fábrica de Jacareí foi construída pela chinesa Chery, que depois teve metade das ações adquiridas pela Caoa, que divide a produção de modelos da marca e da coreana Hyundai com a fábrica de Anápolis (GO), já preparada para receber linhas de modelos híbridos.
O investimento para os novos projetos está incluído no plano de R$ 1,5 bilhão para o período de 2021 a 2025. O grupo informa que será pioneiro no desenvolvimento e produção de veículos “verdes” no País e que vai eletrificar todos os veículos de seu portfólio até o final de 2023.
A empresa afirma que a ação “faz parte da transição tecnológica da Caoa Chery que visa aumentar sua competitividade no âmbito nacional e internacional , seguindo um dos maiores movimentos tecnológicos da indústria automotiva mundial com forte foco no mercado brasileiro”.
Na nota, o grupo fundado pelo empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade, falecido em agosto do ano passado, aos 77 anos, informa que a adaptação da unidade de Jacareí terá como parâmetro os processos produtivos flexíveis já adotados na fábrica de Goiás.
Agência Estado