Celso Sabino anunciou nesta sexta-feira (25) que entregou sua carta de demissão do Ministério do Turismo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão ocorre após ultimato do União Brasil, partido ao qual o ministro é filiado. Mesmo com saída, ele irá cumprir agenda na inauguração de obras para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), em Belém.
“O presidente pediu que eu acompanhasse nas obras que vai acontecer na próxima quinta-feira na cidade de Belém. Vou como ministro ainda”, afirmou.
Sabino assumiu como ministro em julho de 2023 e deixará definitivamente o cargo após esse compromisso.
Questionado sobre a possibilidade de sair do partido para continuar no governo, Sabino disse que “acredita no diálogo” e que “os homens públicos que tem compromisso a nação brasileira vão trabalhar juntos pelo bem do país”.
“A minha vontade é clara, é continuar o trabalho que a gente vem fazendo e a gente tem um trabalho de diálogo mantido e hoje o presidente acenou com essa possibilidade de ampliar esse diálogo junto com o partido União Brasil para que a gente possa ver como vai ser as cenas do próximo capítulo”, disse Sabino.
A saída do ministro ocorre a pedido do União Brasil, que, junto com o Progressistas, deixou a base do governo Lula no começo de setembro. Os partidos compõe a federação União Progressista.
No dia 18 de setembro, o União Brasil deu um ultimato para que filiados pedissem exoneração de cargos ou funções comissionadas no governo federal.
A orientação do União ocorreu após uma reportagem, publicada pelo Instituto Conhecimento Liberta (ICL) e pelo UOL, apontar suposto envolvimento do presidente da sigla, Antonio Rueda, com empresas investigadas por ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Rueda nega a acusação.
Além de Sabino, a federação União Progressista tem outro nome indicado ao governo federal: o ministro dos Esportes, André Fucuca, que é deputado federal licenciado. Para evitar deixar a pasta na próxima terça-feira (30), ele tenta um acordo com a cúpula do PP para que possa permanecer no posto até o fim do ano. A ideia seria que ele se licenciasse da sigla neste período.
*Com informações de Agência Brasil e Folhapress*



