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Como Lula e o governo brasileiro reagiram ao tarifaço de Trump

'Hoje é dia sagrado da soberania', diz Lula após confirmação de tarifas; presidente convoca ministros para reunião de emergência

O presidente Lula discursa durante evento nesta no Palácio do Planalto, em Brasília | EFE/André Borges
O presidente Lula discursa durante evento nesta no Palácio do Planalto, em Brasília | EFE/André Borges

O presidente Lula (PT) convocou ministros para uma reunião de emergência no Palácio do Planalto para discutir o tarifaço imposto pelo governo de Donald Trump aos produtos exportados pelo Brasil. A conversa com auxiliares começou no fim da tarde desta quarta-feira (30).

Ele discute com ministros a extensão da medida assinada por Trump, aplicando uma taxa adicional sobre as exportações brasileiras, com exceções para alguns produtos.

Também estão na pauta da reunião medidas que o governo brasileiro pode adotar para amenizar os impactos do tarifaço, incluindo auxílio a setores afetados e a manutenção de empregos.

O vice-presidente Geraldo Alckmin, que assumiu a linha de frente no contato com empresários e na tentativa de negociação com os americanos, participa do encontro.

Foram convocados também os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União). O chanceler Mauro Vieira está em viagem aos EUA e deve ser representado por um dos secretários do Itamaraty.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e o Itamaraty levaria a Lula um levantamento sobre o impacto do tarifaço sobre a pauta de exportações brasileira para os EUA.

Trump assinou um decreto que implementa uma tarifa adicional de 40% sobre o Brasil, elevando o valor total da tarifa para 50%, informou a Casa Branca em comunicado publicado nesta quarta-feira (30).

As taxas entrarão em vigor em sete dias. O decreto isenta determinados alimentos, minérios e produtos de energia e aviação civil, entre centenas de outros. As tarifas haviam sido anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no dia 9 de julho, e são as maiores entre as anunciadas para países que exportam aos EUA.

A medida visa “lidar com as políticas, práticas e ações recentes do governo brasileiro que constituem uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos”, diz o comunicado sobre a assinatura do decreto, que cita o nome de Jair Bolsonaro (PL) e diz que ele sofre perseguição do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Soberania

 O presidente Lula também afirmou que esta quarta-feira (30) é um dia sagrado para a soberania, em reação à assinatura do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, do decreto que impôs a sobretaxa de 50% a produtos brasileiros.

A declaração foi feita durante sanção de um projeto de lei que proíbe o uso de animais cobaias em testes com cosméticos, e aumenta multas por infrações. Lula iniciou seu discurso defendendo a “soberania animal”, e afirmou, na sequência, que se reuniria logo mais para tratar de outra soberania, a do Brasil.

“Eu tô saindo daqui com pressa porque eu vou me reunir ali para defender outra soberania, a soberania do povo brasileiro em função das medidas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos. Então, hoje para mim é o dia sagrado da soberania, duas soberanias de coisas que eu gosto: a dos animais e a dos seres humanos”, afirmou.

As tarifas haviam sido anunciadas pelo presidente dos EUA, no dia 9 de julho, e são as maiores entre as anunciadas para países que exportam aos EUA.

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