BAEP prende filho de desembargadora que estava foragido após ser solto pela mãe

Isabela Reis (sob supervisão)
Isabela Reis (sob supervisão)
21 anos, estudante de Jornalismo na Puc Campinas

Policiais do Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar de Atibaia prenderam um homem de 44 anos. Ele foi localizado sete anos após ser flagrado transportando 130 kg de maconha, um fuzil e 200 munições no interior do Mato Grosso do Sul.

O preso é filho da ex-desembargadora do Mato Grosso do Sul, que foi aposentada compulsoriamente após beneficiar o filho durante o processo. A mãe teria autorizado a transferência do próprio filho da prisão para uma clínica psiquiátrica, mesmo sem laudo que comprovasse transtorno psicológico.

Ocorrência e reincidência:

A prisão do filho da desembargadora ocorreu em 8 de abril de 2017. Ele foi flagrado com grande quantidade de drogas em uma carreta de transporte de motos, acoplada ao veículo dele. Na época, o homem confessou que estaria levando os produtos ao Rio de Janeiro.

No ano seguinte, já solto, ele foi flagrado novamente com nove tabletes de maconha no carro. Ele estava na cidade de Três Lagoas (MS) quando o veículo foi abordado pela Polícia. Cães ajudaram a encontrar um compartimento secreto no para-choque do carro onde as drogas estavam armazenadas.

Idas e vindas ao presídio:

Desde a prisão, o homem deixou e voltou para o presídio várias vezes. A desembargadora foi responsável por expedir uma liminar para substituir a prisão preventiva por uma internação em clínica médica. No entanto, no dia do cumprimento, um mandado de prisão da Polícia Federal impediu a soltura.

A desembargadora foi aposentada compulsoriamente pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Ela estava afastada desde 2018, mas em fevereiro de 2021, o Conselho Ncional de Justiça decidiu aposentá-la por entender que ela usou a condição de magistrada para beneficiar o filho. Desde então, a defesa da ex-funcionária pública tenta reverter a aposentadoria compulsória.

A decisão do CNJ foi tomada a partir da avaliação psicológica realizada pela médica psiquiatra do Ministério Público do Estado do Mato Grosso do Sul, Ana Beatriz Barbosa da Silva. Ela concluiu “ausência de nexo entre o transtorno mental do periciando e o ato criminoso em si por ele praticado”.

*Supervisão Marcela Gomes

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