Família de vítima contesta versão da Diocese sobre acidente com padre embriagado em São José

Caso aconteceu na noite de segunda-feira (5), na altura do km 5 da Rodovia dos Tamoios. Segundo informações do boletim de ocorrência, Fábio Ferreira Costa, de 47 anos, padre da Paróquia São Benedito, do bairro Alto da Ponte, dirigia um veículo quando colidiu com outro que já estava capotado na via.

Foto: Reprodução/Redes sociais

A família da vítima de um acidente envolvendo um padre embriagado na Rodovia dos Tamoios, no Parque Interlagos, em São José dos Campos, contestou a versão do ocorrido divulgada pela Diocese de São José dos Campos.

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O caso aconteceu na noite de segunda-feira (5), na altura do km 5 da rodovia. Segundo informações do boletim de ocorrência, Fábio Ferreira Costa, de 47 anos, padre da Paróquia São Benedito, do bairro Alto da Ponte, dirigia um veículo quando colidiu com outro que já estava capotado na via.

De acordo com a Polícia Militar, o motorista do outro carro, Mauro Martins Guimarães Filho, de 56 anos, ficou ferido e foi socorrido por equipes de resgate ao Hospital Municipal de São José dos Campos, onde seguia internado até a manhã desta quinta-feira (8). Ainda segundo os agentes, ele estava fora do veículo no momento da colisão e não tinha habilitação.

O padre Fábio, que não se feriu, permaneceu no local e aceitou realizar o teste do bafômetro, que apontou 0,56 miligramas de álcool por litro de ar expelido — valor acima do permitido pela legislação. Ele foi preso em flagrante por embriaguez ao volante e vai responder pelo crime, mas foi liberado da delegacia após pagar fiança no valor de R$ 1 mil.

Foto: Reprodução/A12

Em nota divulgada na quarta-feira (7), a Diocese de São José dos Campos afirmou que o padre “trafegava normalmente” e se deparou com um carro capotado sem sinalização, em um local com baixa luminosidade, o que teria causado a colisão. A instituição também afirmou que o religioso permaneceu no local, prestou auxílio e estava “com a consciência tranquila” ao realizar o teste do bafômetro.

Família contesta versão

Em entrevista à TV TH+ SBT Vale, o filho da vítima, Mauro Neto, disse que não acredita na versão de que um terceiro veículo teria causado o acidente.

“O policial falou que teria um terceiro carro envolvido, que foi o que o Fábio falou, o causador do acidente, que tinha batido no meu pai. Mas não vi nenhum vestígio de outro veículo no local”, afirmou o caminhoneiro.

Foto: Reprodução/TV TH+ SBT Vale

O filho disse ainda que uma testemunha viu o momento do ocorrido e confirma que o carro capotou após se chocar com o veículo do padre.

“Ela passou pelo local e viu o veículo do padre passando em alta velocidade. Disse que não teve esse terceiro carro. Foram apenas os dois. Ele chocou contra o carro do meu pai, meu pai foi lançado para fora e essa foi a situação”, disse o homem.

O estado de saúde de Mauro Filho é grave. Segundo a família, ele continua internado no Hospital da Vila Industrial e pode ter sequelas graves por causa do acidente.

“Meu pai vai perder o movimento da perna direita, isso se não precisar amputar. Foram três fraturas expostas. E ainda jogam tudo ao contrário na mídia, como se ele (o padre) tivesse batido num carro parado”, completou o filho da vítima.

O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.

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