Várzea Paulista, 6 de novembro de 2024 – Treze dias após o acidente que destruiu uma residência e causou danos a outras duas em Várzea Paulista, as famílias afetadas continuam sem poder retornar aos seus lares. O acidente, que ocorreu na madrugada de 24 de outubro, envolveu um ônibus que perdeu o controle e invadiu as casas. Desde então, os moradores, que foram realocados para hotéis, enfrentam dificuldades e se mostram cada vez mais frustrados com a demora nos reparos.
O drama das famílias afetadas
Giovanna Rodrigues de Almeida, estudante de enfermagem e uma das moradoras da casa atingida, explicou que sua família e os vizinhos têm vivido um grande transtorno desde o acidente. Embora a empresa responsável pelo ônibus tenha iniciado os reparos no local, o processo tem se arrastado e não há previsão de conclusão. As famílias receberam um prazo para retornar até o dia 10 de novembro, mas muitos temem que isso não aconteça, especialmente com as condições climáticas desfavoráveis. A constante mudança de hotel tem sido outro desafio significativo. “Estamos em um ciclo constante de mudança. Cada vez que um prazo no hotel chega ao fim, temos que nos mudar novamente para outro. Já passamos por três ou quatro hotéis e, no fim, voltamos ao mesmo lugar. Além disso, levar as malas e depois ter que retornar ao ponto de partida tem sido muito cansativo”, relatou.
Essa situação tem gerado ainda mais dificuldades para os moradores, especialmente para aqueles com necessidades específicas, como é o caso de uma das vizinhas de Giovanna, que acabou de ter um bebê e ainda se recupera da cesárea. Em um dos hotéis fornecidos, o local não atendia às condições mínimas de hospedagem, o que gerou ainda mais desconforto.
Preocupação com a segurança na via
Moradores da rua José Rabello Portela, onde ocorreu o acidente, também expressam preocupação com a segurança do trecho. A rua, conhecida por sua descida acentuada, tem sido palco de outros incidentes envolvendo veículos que perderam o controle. Imagens feitas logo após o acidente mostram outro ônibus derrapando na mesma via, por pouco não causando um novo acidente. Em outro registro, um carro também perdeu a aderência e não conseguiu reduzir a velocidade, parando apenas após derrapar.
Os moradores apontam que a via se torna ainda mais perigosa em dias de chuva, quando a pista fica escorregadia devido à presença de óleo, o que aumenta o risco de acidentes. Eles pedem por soluções rápidas para tornar o local mais seguro.
Medidas da Prefeitura
A Prefeitura de Várzea Paulista, por meio da Unidade de Gestão de Mobilidade e Transporte (UGMT), anunciou medidas para melhorar a segurança na rua onde ocorreu o acidente. A principal medida é a redução do limite de velocidade da via de 40 para 30 quilômetros por hora, além da proibição de estacionar veículos na curva. Também está prevista a instalação de faixas de extrudados, que ajudam a aumentar a aderência do solo, principalmente em dias de chuva.
Apesar dessas ações, os moradores fazem um apelo para que as medidas sejam implementadas com urgência. A comunidade teme que a insegurança na via continue colocando vidas em risco, principalmente considerando os recentes registros de derrapagens de ônibus e outros veículos.
Aceleração nos reparos
Além das melhorias na segurança viária, os moradores também pedem que os reparos nos imóveis atingidos pelo ônibus sejam acelerados. Desde o acidente, as famílias continuam sem previsão de retorno para suas casas e têm enfrentado uma grande incerteza quanto ao prazo para o fim das obras. A empresa responsável pelo ônibus iniciou os reparos no local, mas a demora tem gerado frustração entre os moradores, que aguardam uma resposta mais rápida para poder retomar suas rotinas.
A falta de uma solução definitiva tem sido um ponto de preocupação, já que, enquanto as famílias ainda estão fora de suas casas, a cidade se prepara para o final do prazo estipulado para os reparos. “Estamos em um limbo. Precisamos de uma resposta mais rápida para poder voltar para nossas casas e retomar a vida normal”, concluíram os moradores.