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Patinetes, ferry boat e novas regras tentam aliviar o trânsito no litoral paulista

Outra inovação na cidade da Baixada Santista é a integração dos radares municipais ao sistema estadual de monitoramento Muralha Paulista

Preocupados com o trânsito no verão, municípios do litoral paulista tentam implantar patinetes elétricos, ampliar ciclovias, melhorar asfalto e controlar furto de veículos para facilitar o deslocamento de moradores e turistas na próxima temporada.

Em Guarujá, o primeiro verão com locação de patinetes elétricos promete mudar a dinâmica da orla. O serviço, em fase piloto, resulta de parceria entre a prefeitura e uma empresa especializada. Por aplicativo, moradores e turistas podem usar um dos 300 patinetes disponíveis por R$ 0,69 o minuto —ou assinatura mensal de R$ 14,99.

“É uma opção descarbonizada de micromobilidade que contribui para menos carros em circulação”, diz o secretário de Mobilidade, Rodrigo Lopes. O município também deve entregar, ainda neste ano, uma ciclovia da avenida dos Caiçaras —o circuito cicloviário é o principal da cidade e, hoje, conta com malha de 70 km.

Outra inovação na cidade da Baixada Santista é a integração dos radares municipais ao sistema estadual de monitoramento Muralha Paulista. A medida permitirá à Polícia Militar identificar veículos furtados em tempo real. “Mobilidade urbana é um ecossistema. Se o morador tem segurança para deixar o carro em casa, criamos um círculo virtuoso”, afirma Lopes.

Em Mongaguá, a prefeitura avalia implantar o mesmo modelo de patinetes. “Esses dispositivos estimulam a locomoção sustentável”, justifica a prefeita Cristina Wiazowski.

No litoral norte, Ilhabela também acredita no modal, e com mesmos patamares de valor de Guarujá. Desde setembro, 150 patinetes estão em operação, com mais de 20 mil viagens e 6.700 usuários cadastrados. O município pretende ampliar o número de equipamentos devido à boa adesão.

Paralelamente, foram concluídas obras viárias e cicloviárias no sul da ilha e melhorias na rodovia SP-131, incluindo alargamento, novo asfalto e ampliação de ciclovias. A cidade ainda reforça o transporte aquaviário com três embarcações tipo catamarã (o Aquabus) e um novo ponto de embarque da balsa para a vizinha São Sebastião.

Responsável pelas travessias, a Semil (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística) informa que a ligação São Sebastião-Ilhabela passa por modernização com renovação já feita de cinco balsas de um total de nove, além da entrega de duas lanchas também realizadas.

Outro ferry boat (barco de travessia) será incorporado até março, elevando em 63% a capacidade para pedestres e 28% para veículos em relação a 2024. O investimento total em melhorias supera R$ 212 milhões desde 2023 —o que inclui reforma de 21 embarcações em rotas como Santos-Guarujá, Santos-Vicente de Carvalho e Cananeia-Ilha Comprida.

Com a chegada do verão, a Coordenadoria Estadual de Travessias lançará mais uma edição da Operação Verão, que busca reduzir filas e agilizar embarques entre dezembro e março (quando a demanda cresce cerca de 10%), segundo o governo estadual.

Entre as ações estão embarque simultâneo, reforço de equipes, cobrança antecipada e manutenção 24h. Na última temporada, o programa transportou 5 milhões de usuários, com redução média de 13% nos tempos de espera.

DE PEDESTRES A MOTORHOMES

Em Santos, maior cidade da região, a novidade é a campanha “Faixa Viva – Segurança no Trânsito é Compromisso de Todos”, que reforça o respeito à prioridade dos pedestres em faixas sem semáforo. “A meta é consolidar uma cultura de convivência harmoniosa no trânsito”, diz a prefeitura por nota.

Santos também prepara seu plano anual de verão a partir de dezembro com 225 agentes e 37 viaturas. Um dos focos será orientar ciclistas sobre circulação correta e segura. “E precisa mesmo. Disso e muito mais. Aqui é cada vez mais comum ver ciclistas na contramão e em calçadas”, comenta o motorista de aplicativo Paulo Figueiredo, 65 anos.

No litoral norte, Ubatuba regulamentou o turismo sobre rodas com a Lei nº 4.704, que disciplina a circulação e o estacionamento de motorhomes e trailers. O texto limita o pernoite a campings licenciados ou estacionamentos privados. “Concordo. Alguns da Argentina ficam meses parados tomando lugar de carros na área de praia”, conta a dona-de-casa Edneia Soares, 37.

Já em Bertioga, as melhorias se concentram no transporte público: em outubro, cinco novos ônibus foram incorporados à frota municipal de 38 veículos –a idade média dos veículos caiu de três anos para menos de dois, informa a prefeitura.

JOÃO PEDRO FEZA / Folhapress

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