Polícia investiga morte de criança de 2 anos que deu entrada em hospital de Taubaté com lesões e traumatismo craniano

Caso ocorreu em uma residência no bairro São Gonçalo, onde a criança morava com a mãe, de 22 anos, e o padrasto, de 21 anos.

DEL.SEC.TAUBATE
Foto: Divulgação/PMT

A Polícia Civil de Taubaté investiga a morte de uma criança de dois anos, que deu entrada no Hospital Regional do Vale do Paraíba na quinta-feira (13) com parada cardiorrespiratória e sinais de trauma craniano.

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De acordo com o boletim de ocorrência, a corporação foi acionada pelo corpo médico do centro médico logo após o óbito. Segundo o prontuário médico, a criança apresentava diversas lesões de diferentes datas, além de ter sofrido uma parada cardiorrespiratória.

O caso ocorreu em uma residência no bairro São Gonçalo, onde a criança morava com a mãe, de 22 anos, e o padrasto, de 21 anos. Após ser informada da morte, a Polícia Civil iniciou diligências no hospital e na casa , requisitando exames periciais no local e a necropsia do corpo no IML (Instituto Médico Legal) para esclarecer as causas da morte.

Depoimentos

A mãe da criança informou, em depoimento à Polícia Civil, que estava no trabalho quando recebeu uma ligação da babá do menino, que mora no mesmo terreno, informando que ele havia caído no banheiro e não estava acordando. Ao chegar em casa, ela encontrou a equipe do Samu tentando reanimar a criança.

Questionada sobre a presença do filho com o padrasto, e não com a babá, a mãe disse não saber o motivo e relatou que o menino frequentemente caía e que as marcas pelo corpo poderiam ser de brincadeiras com o cachorro da família.

Já o padrasto, ao ser ouvido, afirmou que saiu de casa por alguns minutos para atender um amigo e, ao retornar, encontrou a criança com vestígios de vômito. Ele, então, decidiu dar um banho no menino, momento em que se ausentou para pegar uma toalha.

Ao voltar, viu a criança com a boca machucada e o nariz sangrando, momento em que acionou o Samu. O homem negou que tivesse agredido o enteado, mas confessou que, eventualmente, gritava com ele por conta de ciúmes entre o menino e a mãe.

Uma testemunha relatou que estava em um bar quando o padrasto chamou para ir até a residência. No local, ele encontrou a criança deitada e foi informado que o menino estava doente. Momentos depois, viu o padrasto saindo do banheiro com a vítima nos braços, alegando que ela havia caído.

A babá da criança contou que, apesar de ser paga para cuidar do menino, ele não foi até a casa naquele dia. Ela relatou que o padrasto disse a ela que a criança vomitou e que, ao levá-la para o banho, saiu rapidamente para atender um amigo que havia chego. Mais tarde, o padrasto afirmou que o menino teria caído e batido o rosto no chão.

Ainda segundo a babá, o menino chorava quando o padrasto se aproximava e demonstrava medo, embora ela nunca tenha presenciado agressões.

O caso foi registrado como morte suspeita no 1º DP de Taubaté e é investigado.

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