Um jogo com clima de “decisão” para duas equipes que viviam momentos de tensão no Campeonato Brasileiro. Foi assim que Santos e Corinthians se enfrentaram pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro, na Vila Belmiro. O Timão levou a melhor ainda no primeiro tempo, mas o clássico ficou marcado mesmo foi pelo cenário de “guerra” antes mesmo do jogo terminar. Rojões e demais objetos foram arremessados no gramado e o árbitro Leandro Pedro Vuaden encerrou o jogo pouco mais depois dos 40 minutos.
Sobre a partida em si, o Corinthians foi melhor em todo o primeiro tempo, mesmo jogando como visitante. Ainda aos quatro minutos, Yuri Alberto cabeceou e João Paulo fez grande defesa. No rebote, Róger Guedes ainda acertou o travessão, mas estava impedido. Mais acionado em campo, Yuri Alberto recebeu lindo passe de Fagner, após contra-ataque, mas pegou mal na bola aos 13.
A pressão seguiu no minuto seguinte, em chute de Róger Guedes bem defendido pelo goleiro do Santos. Mas, aos 18, João Paulo não conseguiu parar Yuri Alberto, que recebeu passe de Ruan, acionado por Róger Guedes, para abrir o placar. O Peixe até reagiu aos 21, mas o gol marcado por Mendoza foi anulado por a bola ter batido no braço do atacante. Melhor para o Corinthians, que ampliou aos 27, com Ruan. Ele cobrou falta, João Lucas desviou, e a bola entrou.
Em busca da reação, o Santos chegou com perigo em chutes de Soteldo e Marcos Leonardo, mas foi para o intervalo com a derrota parcial e muito vaiado.
Segundo tempo
O Santos até que melhorou não teve outra escolha a não ser partir para cima do rival na tentativa de empatar. Aos sete minutos, Mendoza cruzou para Marcos Leonardo acertar boa cabeçada. Mas Cássio, bem colocado, fez grande defesa. Na sequência, o Corinthians teve duas boas chances para ampliar. Yuri Alberto cabeceou na trave, e Gil, após escanteio, mandou por cima do gol.
Aos 12, novamente Cássio salvou o Timão. O goleiro defendeu bom chute de Dodi, do Peixe. Aos 16, Marcos Leonardo teve ótima oportunidade de marcar o primeiro do Peixe. Mas após cruzamento de Mendoza, ele, sem marcação, pegou mal na bola e mandou para fora. Na reta final, a torcida do Santos começou a jogar rojões no gramado, na área onde estava Cássio, e o árbitro Leandro Pedro Vuaden, teve de encerrar a partida aos 44 minutos.
Cena de guerra
Pouco depois dos 40 minutos do segundo tempo, o clima ficou hostil na Vila Belmiro e parte dos torcedores do Santos jogaram rojões e sinalizadores no gramado. O jogo chegou a ser paralisado e voltaria a rolar, mas o árbitro decidiu encerrá-lo.
Os principais alvos dos torcedores nesta quarta-feira foram o presidente Andres Rueda, o elenco e o técnico Odair Hellmann, que corre risco de ser demitido.
Os jogadores chegaram a tentar ir ao vestiário, mas diante da reação da torcida, eles precisaram ficar no centro do gramado. Fora da Vila Belmiro, dezenas de torcedores entraram em confronto com a Polícia Militar. Houve correria, bombas de efeito moral e gás de pimenta, que provocou medo e desespero nos moradores do bairro.