Trabalhadores da Revap, em São José, entram em estado de greve após rejeitar reajuste

Trabalhadores da Revap (Refinaria Henrique Lage), em São José dos Campos, entraram em estado de greve na manhã desta quarta-feira (21), após rejeitarem a proposta de reajuste salarial de 5,33%, equivalente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado dos últimos 12 meses.

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A decisão foi tomada em assembleia realizada em frente à refinaria, promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil e Montagem Industrial (Sintricom).

A categoria estipulou um prazo de 72 horas para que as empresas apresentem uma nova proposta, sob pena de iniciar uma greve por tempo indeterminado. Uma nova assembleia foi marcada para a manhã da próxima segunda-feira (26), também em frente à Revap.

Segundo o Sintricom, a mobilização visa pressionar as empresas a reabrirem as negociações e atenderem a pauta aprovada pela categoria.

Veja as reinvindicações dos trabalhadores:

• Reajuste de 100% do INPC + 5% de aumento real;
• Fim da escala 6×1 e da compensação aos sábados;
• Jornada semanal de 40 horas;
• Participação nos Lucros e Resultados (PLR);
• Lanche nas horas extras e cesta natalina;
• Reajuste no vale alimentação (atualmente em R$ 860,53) ou tíquete-refeição diário de R$ 39,11;
• Melhoria na segurança do trabalho, fornecimento de EPIs de qualidade e seguro de vida adequado;
• Melhorias no café da manhã, com itens específicos;
• Piso salarial para montadores de forma;
• Auxílio-creche;
• Três pares de uniforme por trabalhador;
• Protetor solar e repelente contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.

O Portal THMais encontrou em contato com a Revap, que informou que “está realizando/realizou reuniões com as entidades sindicais, nesta quinta-feira, (22), onde será reiterada a proposta final de acordo específico de dois anos sobre modelo híbrido de trabalho para as e os empregados das áreas administrativas”.

Disse ainda que, durante as reuniões, a companhia está “reafirmando junto as representações sindicais a manutenção da proposta de três dias presenciais por semana a partir do dia 30 de maio, sendo um dos dias segunda ou sexta-feira”‘. Essa mudança, segundo a empresa, busca “aprimorar a integração das equipes e os processos de gestão, além de contribuir para a agilidade na entrega de importantes resultados para a companhia, que está em fase de crescimento de investimentos, definição de novos projetos, e contratação de novos empregados que demandam formação e mentoria por parte de empregados experientes, além de ambientação nas respectivas áreas”.