Jorge Kajuru fala sobre a decisão histórica do Conselho Nacional de Justiça que busca mais equidade na magistratura.
Na última terça-feira, o CNJ aprovou a criação da política de alternância de gênero no preenchimento de vagas para a segunda instância do Judiciário. Como vai acontecer?
Nas promoções pelo critério de merecimento, as cortes vão usar uma lista exclusiva de mulheres de forma alternada com a lista mista tradicional.
O critério será adotado até que se atinja a paridade nos tribunais. Hoje, embora constituam 51 por cento da população brasileira, as mulheres representam 38 por cento da magistratura –sendo 40 por cento no primeiro grau de jurisdição e apenas 21 por cento na segunda instância.
A presidente do CNJ e do STF – ministra Rosa Weber, que está se aposentando – defendeu a medida. Segundo ela, numa sociedade democrática não deve haver temas tabus. Os assuntos devem ser debatidos, sendo compreensível a resistência.
Isso porque, de acordo com a ministra, o ser humano tem dificuldade de ver o novo e enfrentá-lo. Mas é, sim, necessário fazê-lo. Subscrevo as palavras da ministra Rosa Weber. E torço para que o exemplo do CNJ seja copiado por outras instituições.