Entenda como está sendo tratada a guarda compartilhada de pets e veja como aplicar isso em casos de separação do casal
Dia a dia, o conceito de família vem se modificando de acordo com a nossa sociedade e o modo como a gente vive e encara o mundo. Recentemente, os pets passaram a integrar essa relação — e em caso da separação de seus tutores, a guarda compartilhada já é uma verdade, reiterada por tribunais, inclusive.
Nesse contexto, o apego se inicia desde o momento em que o casal vai comprar a cama de pet para receber o animal em casa pela primeira vez, tornando-se uma questão muito importante quando decidem se separar. Afinal, quem vai ficar com o pet?
Vamos explorar como funciona essa dinâmica, os aspectos legais ligados ao tema e os impactos emocionais para todos os envolvidos, mostrando como a legislação e a prática têm evoluído para acompanhar essas mudanças sociais.
Conhecendo a guarda compartilhada de pets
Recentemente, um projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados propõe regulamentar essa prática, garantindo que os pets sejam tratados com o devido cuidado e atenção, mesmo após a separação dos tutores.
Segundo o projeto, o bem-estar do animal deve ser prioridade, e as decisões judiciais devem considerar a qualidade de vida que cada tutor pode proporcionar. Isso inclui avaliar quem pode oferecer melhores condições de moradia, alimentação e cuidados veterinários, além da rotina e do tempo disponível para a interação com o pet.
Quando um casal acaba se separando e faz a adoção da guarda compartilhada dos pets, vários aspectos precisam ser discutidos e levados em consideração. O primeiro e mais importante passo é entender que ambos os tutores precisam estar empenhados em fazer isso acontecer, levando em consideração, em primeiro plano, a saúde e o bem-estar dos animais, garantindo que ele seja o menos prejudicado nessas escolhas.
Ter uma boa relação e uma boa comunicação é essencial para fazer dar certo. Organizar as idas ao médico-veterinário, a gestão de medicamentos, de passeios e visitas também são importantes.
Flexibilização de horários, de datas e pensar, acima de tudo, no bem-estar animal, são pontos indispensáveis a se considerar e farão com que os bichanos sofram o menos possível com essa separação.
A realidade nos tribunais atualmente
Embora ainda não seja uma prática oficial em todo o país, a guarda compartilhada de pets já é uma tendência nos tribunais brasileiros. Juízes têm reconhecido a importância dos animais de estimação na vida dos tutores e, em muitos casos, têm optado por soluções que favorecem o bem-estar dos pets.
Essa abordagem reflete uma visão mais moderna e empática da justiça, que reconhece os direitos dos animais como parte integrante da família.
Além disso, muitos tribunais têm incentivado acordos amigáveis entre os tutores, promovendo a mediação e evitando litígios prolongados que podem prejudicar o animal.
Benefícios da guarda compartilhada para pets
Os animais de estimação, assim como os humanos, podem sofrer com a separação de seus tutores. A guarda compartilhada minimiza o impacto emocional da separação, proporcionando ao pet um ambiente seguro e familiar, em que ele continua a receber amor e cuidado de ambos os lados.
Esse arranjo é especialmente benéfico para pets que têm um vínculo forte com ambos os tutores. Manter esse vínculo é crucial para a estabilidade emocional do animal, ajudando a prevenir comportamentos problemáticos que podem surgir devido ao estresse e à ansiedade.
Além disso, ele permite que o pet mantenha a continuidade dos cuidados, como visitas regulares ao veterinário, alimentação adequada e conforto em sua cama pet favorita.
Essa continuidade é essencial para a saúde física e emocional do animal, garantindo que ele continue a viver de forma saudável e feliz.
A continuidade no ambiente familiar e nos cuidados diários ajuda a reforçar o sentimento de segurança e bem-estar do pet, evitando problemas de saúde relacionados ao estresse.