BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Empresários e banqueiros começaram a pressionar o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), contra um projeto de lei que prevê o aumento do ISS na capital de 2% para 5%.
Donos de indústria e banqueiros que conversaram com o prefeito afirmam que a percepção do empresariado paulistano é a de que a proposta vai na contramão da reforma tributária, da melhoria do ambiente de crédito no país e da redução de custos para fomentar o crescimento econômico.
Eles pediram providências para evitar que empresas se transfiram de São Paulo para cidades vizinhas que cobram alíquotas mais baixas, na faixa de 2%, caso o novo ISS seja aprovado.
O projeto já foi aprovado em primeiro turno pelos vereadores. Caso tenha maioria em segundo turno, haverá aumento de custos financeiros, de produtos e serviços.
Pelo texto, o imposto cobrado aumentará 150% sobre vários tipos de serviços, como leasing, pagamentos por meio eletrônico, emissão, reemissão, renovação e manutenção de cartão de crédito, débito e até cartão-salário, além de atividades desenvolvidas pela B3 ligadas a investimentos.
Na avaliação dos bancos, a inadimplência nas operações já em andamento deve sofrer alta. Vendas terão queda e o consumo, retração. O aumento do custo das operações com cartões, por exemplo, levará à oneração de produtos e serviços.
Os preços também subirão para quem investe em títulos e valores mobiliários, afastando investidores.
JULIO WIZIACK / Folhapress