BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) – A siderúrgica Gerdau, maior produtora brasileira de aço, anunciou nesta quinta (15) em Belo Horizonte investimento de R$ 3,2 bilhões em Minas Gerais que inclui a construção de um mineroduto ligando a mina da empresa em Ouro Preto à planta que mantém em Ouro Branco, ambas cidades da região central do estado.
O montante será aportado entre 2023 e 2025 e faz parte de programa chamado pela empresa de plataforma de mineração sustentável. O mineroduto terá cerca de 15 quilômetros e capacidade para escoar 5,5 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. A previsão é que comece a funcionar em 2026.
Há pouco mais de um mês a Gerdau anunciou investimentos de R$ 5 bilhões em Minas Gerais em 2023. Segundo Gustavo Werneck, CEO da empresa, a parte dos R$ 3,2 bilhões referentes ao período está incluída nesses R$ 5 bilhões.
O transporte do minério de ferro entre mina e planta é feito atualmente por caminhão. A expectativa da empresa é que 5.000 empregos sejam gerados ao longo de três anos com os investimentos previstos para o período.
Durante o anúncio dos investimentos, Werneck afirmou que a empresa atingiu 100% de empilhamento a seco na exploração de minério de ferro no estado. “Já há alguns meses não mandamos rejeitos para barragens”, disse.
A empresa tem duas represas para depósito de rejeitos. Uma já foi descomissionada. A segunda, segundo informações da siderúrgica, passará pelo processo até o final deste ano. “É possível fazer mineração, produzir aço de forma sustentável”, declarou Werneck.
TRANSFERÊNCIA
Durante o anúncio, o CEO da Gerdau afirmou ainda que a empresa vai transferir de São Paulo para Belo Horizonte a sede da operação de mineração e aços planos. “É mais um sinal da presença cada vez mais forte da Gerdau no estado”, disse.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), participou do anúncio. “Um estado como Minas Gerais, que ainda precisa recorrer ao regime de recuperação fiscal, como outros estados, é um estado que não pode se dar ao luxo de perder qualquer negócio”, afirmou.
LEONARDO AUGUSTO / Folhapress