SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os valores dos descontos do carro popular serão definidos por meio de um sistema de pontuação para cada modelo de veículo. Os pontos são concedidos de acordo com critérios sociais, ambientais (eficiência energética) e industriais (índice de produção local).
Quanto maior a pontuação do modelo, mais alta será a faixa de desconto aplicada. A faixa 1 concede redução de R$ 8.000 para veículos com pontuação maior ou igual a 90. Já a última faixa, na qual os carros somam menos de 69 pontos, os valores caem R$ 2.000.
O comunicado foi feito pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) durante coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (6).
Um dos critérios que concedem pontos para os veículos leves é o preço sugerido do modelo. Carros mais baratos terão desconto maior. Modelos abaixo de R$ 70 mil somam 25 pontos. Um exemplo é o Renault Kwid Zen, que custava R$ 68.990 e teve seu novo preço anunciado pela montadora. O modelo agora sai por R$ 58.990.
Modelos com preço sugerido entre R$ 70 mil e R$ 80 mil ganham 20 pontos. Para aqueles com preço entre R$ 80 mil e R$ 90 mil o sistema calcula 18 pontos. Já os modelos que custam entre R$ 90 mil e R$ 120 mil recebem 15 pontos. Um exemplo é o T-Cross Sense, SUV da Volkswagen, que passou de R$ 116.550 para R$ 107.550.
Outro critério de pontuação é a fonte de energia. Veículos abastecidos a etanol, elétricos ou híbridos, que tendem a ser menos agressivos ao meio ambiente, recebem maior incentivo e ganham 25 pontos.
Os modelos flex, movidos a combustão de etanol ou gasolina, ganham 20 pontos. Um exemplo é o Tiggo5, da Caoa Chery, que tem preço sugerido de R$ 119.990. A nova tabela da empresa será divulgada nesta terça.
O critério de pontos por consumo energético soma 25 pontos para veículos com consumo abaixo de 1,41 MJ/Km (megajoule por quilômetro), como o Renault Kwid Zen. O modelo consome 1,36 MJ/Km, segundo o Inmetro.
Carros que consomem entre 1,41 MJ/Km e 1,50 MJ/Km recebem 20 pontos, e modelos entre 1,51 MJ/Km e 1,60 MJ/Km, 18 pontos. A última faixa concede 15 pontos para veículos com maior consumo, entre 1,61 MJ/Km e 2,00 MJ/Km.
O último critério discorre sobre a densidade produtiva, que se refere à porcentagem de peças do veículo que são produzidas no Brasil. Por exemplo, um carro pode ter 70% de suas peças feitas no Brasil pela própria montadora e por seus fornecedores. Esse índice varia de modelo para modelo.
Quanto mais peças nacionais, maior o desconto. Carros com densidade produtiva maior ou igual a 75% recebem 25 pontos. Se a taxa fica entre 65% e 75%, 20 pontos, e entre 60% e 65%, 15 pontos.
No final, a somatória dos pontos definirá em qual faixa de desconto o seu modelo pretendido ficará. A tabela de pontuação determina sete “faixas” de abatimentos.
A Anfavea também anunciou a faixa de descontos para veículos pesados, como caminhões e ônibus. No caso dos caminhões, os benefícios ficarão entre R$ 33,6 mil e R$ 80,3 mil. Os ônibus receberão abatimentos entre R$ 38 mil e R$ 99,4 mil.
VINÍCIUS BARBOZA / Folhapress