A escola Professor Dr. Waldemar Roberto, no Jardim Antonio Palocci, na zona Norte de Ribeirão Preto, não oferece acessibilidade para os alunos que possuem alguma deficiência.
As dificuldades são decorrentes. O elevador da escola está inoperante e torna restrito o acesso de alunos cadeirantes ao segundo andar. São 19 degraus até chegar a sala de informática.
É o caso da irmã de Danilo Cristiano, a menina está na primeira série e não consegue assistir as aulas de informática desde o começo do ano. “Eu não consigo levar a minha irmã para a sala de aula de informatica, porque na escola só tem degrau. Ela perde todas as aulas e não faz as atividades escolares por inteiro, pois ela só consegue ir nas aulas que são realizadas na parte térrea da escola”, relata o irmão.
É a primeira vez que a estudante enfrenta essa dificuldade de acessibilidade. “Na creche que ela frequentava tinha elevador, diferente da escola. Outros lugares também tem elevadores que funcionam, facilitando o acesso”, conta Cristiano.
Sem acesso
Outro problema enfrentado é a vaga para deficientes. Muitas pessoas que não precisam, acabam parando no local para descer.
Por causa do uso indevido da vaga, Danilo Cristiano não consegue utilizar para descer a irmã do carro. “É muito difícil. Às vezes eu não consigo parar na vaga de deficiente porque tem pessoas que não tem e param no local”, reclama o irmão.
A falta de acessibilidade é um problema das escolas municipais de Ribeirão Preto. O Ministério Público já entrou com uma ação contra a prefeitura para que as escolas municipais passem por adequações de acessibilidade, e a justiça determinou o prazo de 90 dias.
O Grupo Thathi entrou em contato com a Secretária da Educação que em nota informou que está a par da situação e que os alunos com deficiência não estão sofrendo com falta de conteúdo na EMEF Waldemar Roberto, pois há atividades lúdicas na brinquedoteca durante as oficinas no laboratório de informática.
Já sobre o elevador, a instituição disse que o conserto já está fase final de licitação, assim como a manutenção preventiva mensal. A expectativa é que o equipamento volte a funcionar até o final de setembro.
A Secretária terminou a nota dizendo que a adequação das escolas também está em processo final de licitação. “A pasta reforça que a manutenção e adequação das unidades escolares está em processo final de licitação. As obras incluem construção de rampas, adequação de corrimão, instalação de piso tátil e outras melhorias voltadas à acessibilidade. Além disso, as novas escolas estão sendo projetadas com total cumprimento das novas regras”, concluiu a nota.