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‘Encontrei meu filho com os pulsos amarrados por uma corda’, diz mãe de morto no Rio

A advogada Flávia Fróes, que acompanha a retirada dos corpos, afirma que alguns têm marcas de tiros na nuca e facadas nas costas

Uma pessoa em luto beija um corpo coberto, um dia após uma operação policial mortal contra o tráfico de drogas na favela da Penha, no Rio de Janeiro | REUTERS/Ricardo Moraes
Uma pessoa em luto beija um corpo coberto, um dia após uma operação policial mortal contra o tráfico de drogas na favela da Penha, no Rio de Janeiro | REUTERS/Ricardo Moraes

Entre os mais de 50 corpos enfileirados em uma das ruas de acesso à Vila Cruzeiro, favela na zona norte do Rio de Janeiro, na manhã desta quarta-feira (29), estava o de Wellington Brito, 21.

Ele foi encontrado morto pela própria mãe, em uma área de mata. Segundo ela, o filho estava com os pulsos amarrados por uma corda.

“Dava tempo de socorrer, a corda mostra que ele estava preso, amarrado em algum lugar. Deixaram meu filho morrer”, disse Taua Brito, 36.

No dia anterior, ela foi ao Hospital Getúlio Vargas em busca de informações do filho. Lá, diz ter recebido a informação que ele estaria preso.

Os corpos foram levados de mototáxi por moradores e presidentes da associação de moradores para a rua.

Eles estavam na mata, na região próximo ao Campo da Vacaria, que divide os complexos da Penha e do Alemão.

Segundo moradores, eles foram abandonados pelos policiais que durante o dia todo impediram o acesso ao local, alegando segurança.

Segundo os números oficiais, a ação deixou ao menos 64 pessoas mortas e 81 foram presas. Entre os mortos há quatro policiais.

A advogada Flávia Fróes, que acompanha a retirada dos corpos, afirma que alguns deles têm marcas de tiros na nuca, facadas nas costas e ferimentos nas pernas.

Defensores de direitos humanos pediram à Comissão Interamericana de Direitos Humanos a presença de interventores e peritos internacionais no Rio. A advogada chama a ação policial de “o maior massacre da história do Rio de Janeiro”.

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