Roberto Carlos, o eterno Rei da música brasileira, tem uma relação íntima com os automóveis que atravessa décadas.
Desde os tempos da Jovem Guarda até os dias atuais, os carros estiveram presentes em sua vida, suas músicas, seus filmes e até nos palcos.
O gosto por motores potentes, design arrojado e velocidade faz parte da sua história — e ajuda a contar a trajetória de um artista que soube transformar paixão em estilo.
Com base nessa trajetória sobre quatro rodas, o AutoFoco separou alguns carros que fizeram (e ainda fazem) parte de momentos marcantes da vida do Rei!
Cadillac Eldorado 1960
Talvez o carro mais icônico de todos. O Cadillac vermelho com “rabo de peixe”, cromados por toda parte e motor V8 6.4 é praticamente um personagem da vida de Roberto.
Símbolo máximo do glamour dos anos 50, esse Eldorado foi trazido dos Estados Unidos e esbanja luxo com seu câmbio automático de quatro marchas e capota elétrica.
O modelo ainda circula com o Rei pelas ruas do Rio de Janeiro — um clássico imortalizado pelo estilo e presença. Poderia muito bem ter inspirado os versos de O Bom, de Eduardo Araújo:
“Meu carro é vermelho, não uso espelho pra me pentear…”
Dodge Charger R/T (1971)
Após as gravações do longa-metragem Roberto Carlos a 300 km por hora, em 1971, o cantor foi presenteado pela Chrysler com um Dodge Charger R/T nacional.
O modelo, baseado na carroceria A-Body, vinha equipado com motor V8 318 de 5.2 litros, entregando 215 cv brutos. O câmbio era manual de quatro marchas, com tração traseira e alavanca no assoalho.
O carro teve destaque no filme, assim como o inusitado Gurgel Bugato 70, que aparece em cena ao som da melódica De Tanto Amor.
Jaguar E-Type
Presente da gravadora CBS, o Jaguar E-Type chegou às mãos de Roberto Carlos em uma fase mais introspectiva de sua carreira.
Ícone britânico dos anos 1960, o esportivo vinha com motor V12 e acelerava de 0 a 100 km/h em menos de sete segundos — um feito impressionante para a época.
Com freios a disco e suspensão independente nas quatro rodas, o modelo representava elegância e performance.
Não à toa, combina perfeitamente com o espírito de Nas Curvas da Estrada de Santos, sucesso que começa com os versos:
“Se você pretende saber quem eu sou… entre no meu carro na estrada de Santos
Oldsmobile Cutlass Conversível (1966)
Apesar de não ser citado diretamente na música Negro Gato, o Oldsmobile Cutlass vermelho que pertencia ao Rei tinha o mesmo ar arrojado do felino da canção.
Equipado com motor V8 de 5.4 litros, o modelo entregava 320 cv de potência e 49 kgfm de torque — desempenho de sobra para a época.
Fabricado pela hoje extinta marca da GM, o conversível unia estilo, potência e presença. Um verdadeiro clássico sobre rodas.
Ford Modelo A – “O Calhambeque”
Imortalizado na canção O Calhambeque, de 1964, o Ford Modelo A 1929 se tornou um símbolo eterno da relação de Roberto Carlos com o automobilismo.
O carro foi restaurado e personalizado com a ajuda do amigo Emerson Fittipaldi, e recebeu pintura azul-claro e branca — cores que o cantor costuma usar como amuleto.
A versão moderna do veículo foi equipada com motor GM 2.4 de 141 cv, o mesmo utilizado na picape S10.
Em 2011, chegou a ser destaque em uma campanha promocional da Nestlé. E é claro que sua trilha sonora é obrigatória: O Calhambeque, com seu marcante “bip bip”.
A paixão de Roberto Carlos pelos automóveis não ficou estacionada no passado.
Mesmo com uma coleção repleta de clássicos que marcaram gerações, o Rei segue acompanhando a evolução sobre rodas — e faz questão de incluir modelos modernos em sua garagem.
Atualmente, ele é frequentemente visto dirigindo um Audi RS 5 Coupé azul pelas ruas do Rio de Janeiro — combinação perfeita entre sofisticação e desempenho.
Seu repertório automotivo inclui ainda um Audi R8 Spyder V10 vermelho, superesportivo avaliado em cerca de R$ 1,5 milhão.
Além disso, o cantor já foi proprietário de uma Lamborghini Gallardo S 2012, reforçando seu apreço por máquinas potentes e de design marcante.
Roberto Carlos é, portanto, muito mais que um ícone da música romântica — é também um entusiasta da velocidade e da elegância automotiva, que atravessa o tempo com o mesmo brilho que sua voz inconfundível.
Seja a bordo de um Cadillac 1960 ou de um Audi atual, ele continua acelerando corações.
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