RELAÇÕES ABUSIVAS

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Costumo dizer que para liquidar com a vida, com a existência de uma pessoa não é preciso lhe dar um tiro, basta lhe tirar a Saúde Mental; por isso a importância e necessidade dos cuidados com a Saúde Mental.
É comum as pessoas acharem que relações abusivas só acontecem no contexto “romântico afetivo”, mas não; relações abusivas podem acontecer em todos os contextos.

Existem relações abusivas nos relacionamentos familiares, nas relações de amizade, na relação laboral (levando ao burnout), nas relações entre casais, nas relações institucionais (violência institucional); ou seja, em todo e qualquer tipo de relacionamento!

É importante que se entenda que abuso não diz apenas de violência física. Quando falamos de relacionamento abusivo estamos dizendo de: abuso emocional/psicológico, abuso físico, abuso sexual, abuso moral, abuso patrimonial, abuso institucional. De forma resumida segue uma breve descrição dos mesmos:

Abuso Físico: agressões que vão de apertões e empurrões a socos e pontapés.
Abuso Psicológico/Emocional: imputação de culpa, manipulação, intimidação, jogos psicológicos, violência emocional, vitimização, etc.
Abuso Moral: xingamentos, difamação, ataques à reputação, calúnia, violência moral.
Abuso Sexual: qualquer forma de coagir uma pessoa a ter relações sexuais sem que ela dê consentimento.
Abuso Patrimonial: atos de subtração, retenção ou destruição total ou parcial de bens (recursos ou documentos) que pertencem à vítima.
Abuso Institucional: Imposição de poder. Cenário onde há apenas imposição de poderes por meio de opressões.

Viver em um cenário de relação abusiva traz sérios prejuízos e impactos à Saúde Mental e física de todo ser humano.

O adoecimento provocado pelo caos e disfuncionalidade das relações abusivas desencadeiam prejuízos a curto, médio e longo prazo. As sequelas são físicas, psicológicas e emocionais, e a intensidade e apresentação dessas sequelas variam de pessoa para pessoa.

Quando falamos em sequelas psicológicas, as principais são: ideações suicídas, depressão, ansiedade, pânico, transtornos alimentares, abuso de substâncias, crises de angústia, automutilação, etc.

Em qualquer que seja o caso, buscar ajuda psicológica profissional é fundamental para romper esse ciclo, seja para evitar novas relações nocivas, ou para não tornar-se a pessoa abusiva em uma relação futura!
Priorize sua Saúde Mental, busque relações saudáveis!
Tenha cuidado de si. Peça ajuda. Aceite ajuda.

(*) Eliane Cabral é Psicóloga Clínica, Especialista em Prevenção e Pósvenção em Suicídio, Especialista em Saúde Mental; Percurso em Psicanálise.

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