O que a personagem Capitu, do Machado de Assis, tem a ver com o Juca Pirama, do Gonçalves Dias? Ou qual a relação dos livros o Alienista e o Cortiço?
Despertar o gostinho por grandes clássicos da literatura brasileira é apenas uma das missões de um projeto “transmídia” que inclui série de TV, livro, quadrinhos e até um kit escolar.
Tudo isso com uma roupagem Steampunk, que é sub gênero da ficção científica
também conhecido aqui no Brasil como “retrofuturismo”.
Tanto na série “A todo Vapor”, que está em cartaz no Amazon Prime Video, quanto no livro “Parthenon Místico”, as criações de Álvares de Azevedo, Inglês de Souza, Raul Pompéia, Aluísio Azevedo, Machado de Assis e Lima Barreto, entre outros, são realocadas num universo onde a linha divisória entre o real e o ficcional é permeada por um vapor futurista.
Em entrevista ao jornalismo da Novabrasil, Felipe Reis, ator, diretor e criador da série “A todo vapor”, contou que o projeto inclui também um suplemento escolar para que escolas e professores possam utilizar o material em sala de aula.
O trabalho é feito em parceria com Enéias Tavares, que é professor da Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. “O próprio Enéas conta que o interesse dele pela leitura surgiu com os quadrinhos. Então, esse trabalho é uma forma de atrair jovens que possam achar grandes clássicos da literatura chatos para um universo mais lúdico e de aventura”, destacou Felipe Reis.
Confira a entrevista: