O governo Trump anunciou nesta sexta-feira (24) o envio do USS Gerald R. Ford para o mar do Caribe, acompanhado de outras embarcações. O porta-aviões é o maior e mais poderoso do mundo, com 333 metros de comprimento e capacidade para transportar até 90 aeronaves. A medida amplia a presença militar dos Estados Unidos na região e aumenta a pressão sobre a Venezuela, governada por Nicolás Maduro.
Sean Parnell, porta-voz do Pentágono, declarou em uma postagem no X que a ação “reforçará a capacidade dos EUA de detectar, monitorar e desmantelar atividades e atores ilícitos”. Ele acrescentou que o tráfico na região compromete “a prosperidade do território nacional dos Estados Unidos” e a “segurança no Hemisfério Ocidental”.
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A declaração reforça o argumento do combate ao narcotráfico, frequentemente usado pelo presidente Donald Trump para justificar ataques a embarcações na América Latina desde setembro. No entanto, até agora, não foram apresentadas provas de que esses barcos estivessem ligados ao tráfico. Além disso, especialistas apontam que a justificativa do governo americano para os ataques não encontra respaldo claro no direito internacional.
A movimentação do porta-aviões é interpretada como uma forma de elevar a pressão sobre Maduro, que tem pedido paz após seguidas ameaças e ações militares dos Estados Unidos no Caribe
Em junho deste ano, o mesmo porta-aviões foi deslocado para perto do Oriente Médio em meio à tensão entre Israel e Irã. Pouco depois, os EUA realizaram ataques aéreos contra instalações nucleares iranianas.
O Gerald R. Ford é acompanhado por um grupo de escolta que geralmente inclui destróieres, um cruzador, navios de apoio e um submarino nuclear de ataque – poder de fogo que por si só é superior ao de muitas marinhas e forças aéreas ao redor do mundo.



