Escola de samba União Imperial é a segunda a desfilar na Passarela do Samba, em Santos

A escola de samba Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba União Imperial foi a segunda do grupo especial a desfilar na Passarela do Samba Dráuzio da Cruz, na madrugada deste sábado (03). Com o tema ‘azeviche’, a escola mostrou a importância da população negra e a luta política em prol à liberdade, a busca por respeito e o fim da violência e casos de racismo.

Para isso, levou à passarela nomes históricos como Luiz Gama, Esmeraldo Tarquínio e Quintino Lacerda, que foram percursores contra a desigualdade.

Com a direção de carnaval por Rubens Gordinho e a coreografia de comissão de frente realizada pelo Chiquinho Show, a escola levou ao sambódromo três alegorias e um quadripé. O desfile contou ainda com 1.400 componentes.

Histórico

A verde e rosa do Marapé, como é conhecida na cidade, foi inaugurada em 12 de março de 1976, e se tornou uma das agremiações mais tradicionais e vencedoras do carnaval santista. São 10 títulos do grupo especial, e também um título do grupo de acesso em 1980.

A conquista mais recente da União Imperial, em 2019, deu-se com o enredo, “Respeitável Público, o Picadeiro é Verde e Rosa? É Sim, Senhor!”, dedicado à arte circense pelo mundo.

Bateria Balanço Verde e Rosa

A bateria conta com os interpretes oficiais Chitão Martins e Gilsinho, mestre de bateria Fábio Manguinha, a rainha é a Najara Camargo, princesa Rillane Rodrigues e a madrinha oficial da bateria é a Scheila Carvalho.

Samba enredo

Compositores: Gustavo Santos, Fernando Negrão, Joãozinho, Ademarzinho do Cavaco, Rodrigo Correia, Lúcio Nunes, Nikinha, Rafa Neves e Toninho 44.

O negro é ouro, é jóia rara, a resistência que não se cala, liberdade, um ideal, sou azeviche, União imperial! Sou pedra preta milenar, reluz a minha áurea cor, caminho traçado pelo mar, para aqui desembarcar; Tive preço, e não valor! Resisti ao açoite da senzala, conquistei lugar de fala, sou a voz pro mundo inteiro ouvir, lutei com pai Felipe e Quintino, para mudar esse destino; Vi meu povo ressurgir! Quilombola ê, quilombola, de que vale a alforria, se nos jogam aos porões? Quilombola ê, quilombola; É direito e não favor, nos livrar desses grilhões! A esperança no meu caminhar, das irmandades veio a abolição; Punho cerrado, com Tarquínio lado a lado enfrentei a repressão; Plantei sementes, para nessa terra a igualdade florescer! E hoje das nossas lutas sociais, de Alziras, Djamilas e outras mais; Ecoa o meu cantar!

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