Após três anos, GP da Austrália volta à Fórmula 1 com mudanças no traçado

FILE - Drivers take the start during the Russian Formula One Grand Prix at the Sochi Autodrom circuit, in Sochi, Russia, on Sept. 26, 2021. Russia has been stripped of hosting the Champions League final by UEFA with St. Petersburg replaced by Paris and Formula One dropped this season’s Russian Grand Prix at Sochi as the invasion of Ukraine drew punitive measures in the sporting world. (AP Photo/Sergei Grits)

Ausente do calendário da Fórmula 1 em 2020 e 2021, o GP da Austrália fará seu retorno ao campeonato neste fim de semana. E, após três anos, a corrida vai trazer novidades para pilotos, equipes e para os fãs de automobilismo. O circuito de rua de Albert Park, em Melbourne, passou por mudanças para facilitar as ultrapassagens.

Praticamente todo o traçado foi remodelado. No total, foram sete grandes mudanças: duas curvas foram removidas do circuito e cinco foram alargadas para permitir mais batalhas entre os carros. A maior alteração aconteceu na curva 6, que quase dobrou de tamanho. Ganhou 7,5 metros para deixar os carros mais velozes neste trecho. De acordo com simulações, os monopostos poderão ser 70 km/h mais rápidos nesta curva.

A organização do GP também trocou todo o asfalto pela primeira vez desde que o circuito entrou no calendário da F-1, em 1996. O pit lane ficou mais largo, aumentando a velocidade permitida no local, de 20 km/h para 80 km/h, o que deve alterar as estratégias da equipe nas paradas nos boxes.

Houve também o acréscimo de mais uma zona de DRS, nas quais os pilotos podem acionar a asa traseira para ganhar velocidade e tentar a ultrapassagem. Pela primeira vez desde que o sistema foi implantado na F-1, em 2011, um traçado terá quatro zonas de DRS – até então, o máximo eram três.

As simulações apontam uma elevação na velocidade média dos carros na pista, o que deve derrubar os tempos em até cinco segundos por volta. Todas estas mudanças contaram com ideias, sugestões e supervisão de pilotos e ex-pilotos, como Damon Hill, David Coulthard, Mark Webber e Daniel Ricciardo, único australiano no grid atual da F-1.

“Não quero levar o crédito, mas eu me envolvi um pouco nas conversas sobre a reforma do circuito há alguns anos, quando eles tiveram as primeiras ideias sobre o que fazer para tornar o traçado ainda melhor”, comentou o piloto da McLaren.

“O circuito sempre foi divertido, mas aos domingos havia certa dificuldade para fazer ultrapassagens ao longo de todo o traçado. Na corrida deste domingo, vamos ver agora uma corrida totalmente diferente em Melbourne”, completou o piloto da casa.

Será o retorno da Austrália ao calendário depois de estar ausente em duas temporadas e de uma forte decepção em 2020, quando a covid-19 se alastrava pelo mundo. Na ocasião, a etapa foi cancelada a cerca de duas horas do início do primeiro treino livre, na noite de quinta-feira, pelo horário brasileiro. Como era o costume, seria a primeira prova do ano.

Milhares de fãs australianos estavam às portas do circuito quando a Fórmula 1 anunciou o cancelamento devido aos primeiros casos de covid-19 na categoria. “Foi de cortar o coração, mas é claro que essa é uma visão um tanto egoísta, do ponto de vista do piloto. Mas, para todos que estavam esperava para ver a corrida, foi doloroso também. Então, agora estamos muito felizes por estar de volta”, lembrou Ricciardo.

Três anos depois, a Austrália retorna ao calendário como a terceira prova do ano, após corridas no Bahrein e na Arábia Saudita. Os pilotos vão para a pista à meia-noite desta sexta-feira, pelo horário de Brasília, para o primeiro treino livre. O segundo está marcado para as 3 horas da madrugada. No sábado, a sessão classificatória será às 3h. E, no domingo, a corrida terá largada às 2 horas da manhã.

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