O Conselho deliberativo do Botafogo Futebol e aprovou na noite desta segunda-feira (17), em reunião extraordinária, o parecer do comitê de ética que recomenda a exclusão do ex-presidente Gérson Engracia Garcia dos quadros associativos da entidade.
De acordo com o parecer, Gerson é responsável por uma série de atos de ação temerária feitos durante sua gestão no comando do Botafogo Futebol Clube e da Botafogo Futebol SA. Entre eles está a omissão na defesa dos interesses do Botafogo, que teriam levado à perda do refinanciamento de dívidas federais, o que ampliou a dívida do Botafogo em aproximadamente R$ 25 milhões.
Uma nova reunião e uma assembleia geral foram marcadas para o dia 16 de março, quando o ex-presidente deverá fazer sua defesa oral. Se o parecer for aprovado por pelo menos 75% dos conselheiros totais do Botafogo, Gerson será expulso dos quadros associativos.
A medida também inclui ainda o envio de uma ação judicial na qual será cobrado de Gersinho todos os prejuízos causados pela administração comandada por ele no Botafogo. A ação judicial será encaminhada à Justiça, caso aprovado o parecer Conselho de Ética, pela própria diretoria do Botafogo Futebol Clube, que terá 30 dias de prazo para enviar à Justiça o documento.
A intenção é que Gérson seja obrigado a ressarcir ao clube todos os prejuízos, inclusos ai os R$ 25 milhões de aumento da dívida e outros que eventualmente forem comprovados no Judiciário.
Ausente
Na reunião de ontem, Gérson não esteve presente. Procurado pela reportagem, ele disse que precisa conhecer primeiro o relatório e quais são as acusações para então se defender. “A partir do parecer do Conselho de Ética, vou me posicionar sobre o assunto”, comenta.
Segundo Daniel Pitta Marques, um dos autores do parecer, que foi feito a seis mãos, o Conselho de Ética trabalhou de forma isenta e sem focar em pessoas, abordando exclusivamente as ações realizadas pelo dirigente no período.
“Fizemos um parecer completamente técnico, sem levar em conta a pessoa do ex-presidente Gérson Engracia Garcia. Estamos plenamente certos de que o documento está embasado nos fatos que aconteceram na administração do ex-presidente Gerson no Botafogo Futebol Clube e na Botafogo Futebol SA”, afirma Marques.