O Conselho Deliberativo do Botafogo Futebol Clube rejeitou, por unanimidade, a proposta da Trexx Holding na noite dessa segunda-feira. Pela proposta o Botafogo abriria a mão de parte de suas receitas em troca da Trexx assumir a dívida do Botafogo no Ato Trabalhista, no Refis e em emprestimos feitos por Adalberto Batista. Agora, uma contraproposta deve ser feita em sete dias.
Foram 45 conselheiros presentes. Pela proposta, também haveria mudança na composição do Conselho de Administração da Botafogo Futebol SA (BFSA) na qual o BFC perderia uma vaga. Atualmente, esse Conselho é composto por três representantes do Botaogo FC, que detém 60% da empresa, e por dois indicados pela Trexx, que detém 40% do negócio. Há ainda dois conselheiros independentes, sendo que cada sócio indicaria um.
Pela proposta rejeitada, o BFC perderia uma cadeira, sendo o responsável por indicar dois conselheiros, enquanto a Trexx manteria duas indicações. Haveria ainda três independentes, sendo dois indicados pelo BFC e um pela Trexx, mas a empresa teria poder de veto nas indicações.
Além disso, a Trexx assumiria as dívidas do BFC, em especial o Ato Trabalhista e o Refinanciamento de débitos com o governo federal, além das dívidas de dois contratos de mútuos que, juntos, totalizam perto de R$ 6,2 milhões, sendo um deles celebrado entre o BFC e a pessoa física de Adalberto Baptista e outro entre o BFC e a Trexx. Haveria ainda um outro mútuo, na casa dos R$ 1,7 milhão, que não entraria no acordo.
Na primeira conversa, a Trexx exigiu que todas as receitas atuais do Botafogo FC – cadeiras cativas, escolinha de futebol e Pantera Shop –seriam destinadas à empresa como contrapartida para o acordo. Com as negociações, entretanto, o item foi modificado e apenas as receitas das cativas entrariam no acordo. A empresa também deixaria de fazer, pelo acordo, o aporte de R$ 120 mil mensais pelo uso de solo do estádio Santa Cruz.
Conselheiro
O BFC também indicou o novo conselheiro independente na BFSA. Trata-se de Claudio Santana César.
A reportagem tentou falar com o indicado, sem sucesso. Já a BFSA informou que não comenta a proposta. Adalberto Baptista não respondeu.