Mais de 600 atletas participaram da Eco Man Run, corrida de 6km com mais de 15 obstáculos. O evento foi realizado na praia de Perequê, em Ilhabela, no último domingo (12). A competição faz parte do projeto Vale Viver o Verão, parceria entre a TV Thathi SBT e a prefeitura, com oferecimento do Arroz e Feijão Fantástico.
A Eco Man Run é uma corrida com obstáculos (OCR) em que os atletas têm que enfrentar diversos desafios, como argolas, rastejo embaixo de arames, carregar sacos com peso, escalar muros, subir em cordas, entre outros. Foi a segunda vez que a competição aconteceu em Ilhabela.
A organizadora da Eco Man Run, Maria Mantovani, única mulher no Brasil a promover corridas de obstáculos, contou que a ideia foi trazer o atleta para perto da natureza, já que esse tipo de competição é feita, frequentemente, em cidades grandes. Participaram da prova pessoas de diferentes cidades do interior do Estado de São Paulo como Sorocaba, São José dos Campos e Jacareí; Litoral Norte (Ubatuba e Caraguatatuba) região metropolitana (Suzano) e da capital.
A prova é dividida em duas categorias. A “Elite” para atletas de alta performance, feminino e masculino, e a “Open”, para o público geral. Os competidores da bateria de Elite devem concluir todos os obstáculos, caso não consigam, devem pagar 20 burpees para dar continuidade à corrida. Já os atletas da Open, não têm obrigação de concluir os obstáculos.
Rafael Fred, de Suzano, foi um dos ganhadores da categoria “Elite” da Eco Man Run. Ele contou que pratica a corrida com obstáculos há dois anos, mas foi a primeira vez que ele participou da competição em Ilhabela. “Foram meses de preparação, porque a prova envolve várias modalidades, como corrida e força. Eu treinei bastante para isso e estava bem consciente que eu ia conseguir o pódio”, finalizou confiante.
Bárbara, atleta de Elite, enfermeira de Sorocaba, contou que mesmo com a rotina conturbada, treinou diariamente para se preparar para a prova. Na categoria Elite feminina, apenas cinco mulheres competiram. Esse número, para a Bárbara, foi baixo. “Eu achei que ia ter mais mulheres, na verdade, o que acontece é que as pessoas no geral tem medo quando fala Elite. E assim, todo mundo consegue fazer e chegar, as mulheres acabam se subestimando demais”, expressou.
Já na categoria Open, aberto para todo o público, o número de mulheres é maior. “As mulheres são poucas na Elite, são mais homens, mas eu trabalho muito para que as mulheres venham, passem a participar da competição de Elite, para serem pódio. Tem muita mulherada na Open, mais do que homens”, explica a organizadora do evento.
Inclusão na corrida
Além do incentivo a participação das mulheres, a prova também é inclusiva. A competição recebe idosos, grupos de pessoas com deficiências (PCDs) e autistas. Quem participa na categoria Open não tem obrigação de concluir os obstáculos. Mas, Maria Mantovani, organizadora do evento, explicou que eles fazem questão de concluir os desafios e há muitas histórias de superação.
Uma dessas histórias é de Maria Vitória, de 69 anos. Ela contou que foi emocionante e desafiador concluir a prova. “Eu estou muito emocionada, eu achei que eu não ia concluir, carreguei até os 25kg de areia nas costas correndo e cheguei primeiro que muitos jovens”, contou feliz.
Maria Vitória disse ainda que o segredo de tanta disposição aos 69 anos é morar em Ilhabela, lugar que ajuda na qualidade de vida. Além disso, parou de fumar há cinco anos, não ingere bebidas alcoólicas e pratica exercícios físicos todos os dias.
Veja as fotos da Eco Man Run:
*Edição: Nayara Francesco