A partida que estava programada para acontecer na tarde deste sábado (2), na cidade de Suzano, entre o Comercial e o União Suzano, às 15 horas, simplesmente não ocorreu. As equipes estavam em campo, entretanto lá não estavam dois fatores essenciais: respeito e organização por parte da direção do União Suzano, que esqueceu de traduzir em campo o profissionalismo que o futebol exige. A Federação Paulista de Futebol também teve a sua dose de culpa. O estádio Francisco Marques Figueira, o Suzanão, foi interditado devido à falta de condições mínimas de segurança para receber eventos com duas torcidas. A prefeitura, responsável pelo estádio, alegou ter construído um portão para visitantes, porém não havia tempo hábil para a Federação fazer a vistoria e liberar o local. O correto seria cancelar a partida ou colocar em outro lugar. A solução caseira e amadora encontrada foi realizar a partida com os portões fechados.
Para piorar ainda mais o cenário dantesco, quando as equipes estavam em campo, não havia ambulância no estádio. Segundo fontes do União, foi esquecido ou negligenciado o pedido da ambulância. O árbitro deu 30 minutos, conforme o regulamento, para as devidas providências. Quando o veículo chegou ao estádio, constatou-se que o mesmo não tinha médico, outro fator constante no regulamento. Como amadorismo pouco é bobagem, ainda tivemos a não presença de policiamento nas dependências do Suzanão, o que não permitiria a realização do jogo. Tempos depois, os policiais chegaram, mas já não dava mais tempo. Foram dados mais 30 minutos e, como nada foi acertado, notou-se também que o sistema de iluminação do estádio não poderia ser acionado. O resultado final foi o cancelamento da partida. O Comercial exige a vitória por WO, já que cumprira todos os trâmites legais e profissionais para realizar o jogo. O caso vai a julgamento na Federação Paulista de Futebol.
Imagem: Bárbara Pires/ Assessoria de Imprensa do Comercial FC